Pix já pode ser integrado a sistema internacional de pagamento
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Segundo o presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, a tecnologia atual do Pix já permite a integração a sistemas semelhantes existentes em outros países.
A declaração foi dada na quinta-feira (06/02), durante uma fala de Galípolo na Conferência Chapultepec. Aliás, o evento no México tem como foco justamente a discussão de formas de aprimorar a infraestrutura financeira das Américas.
Conforme o presidente do BC:
“O Pix tem potencial de integração de pagamentos com sistemas instantâneos internacionais. Hoje, a tecnologia não é mais obstáculo para essa conexão (…) Cada país pode ter seu próprio sistema de pagamento rápido, e a tecnologia pode conectar diferentes sistemas de pagamento instantâneos de diferentes maneiras.”
No entanto, Galípolo também mencionou a necessidade de os países se entenderem em relação às regras que guiarão essa integração:
“Para integrar o sistema de pagamento internacional, precisamos estabelecer um campo de jogo com regras mínimas.”
Mais de 50 países têm sistemas parecidos com o Pix
Atualmente, há mais de 50 países com sistemas de pagamento instantâneo semelhantes ao Pix. Portanto, uma integração do serviço a nível internacional teria potencial de facilitar a conversão de valores e a remessa ao exterior — assim como do exterior para o Brasil.
Por exemplo, há sistemas como o MB Way, em Portugal, que usa o número do telefone como referência para a realização de transferências. Outros casos são o do Bizum, na Espanha, e do Zengin, no Japão.
Segundo um relatório da ACI Worldwide e GlobalData, o Brasil aparece em 2º lugar em número de transações desse tipo em 2023. Veja o ranking dos primeiros colocados:
- Índia: 129,3 bilhões (de transações);
- Brasil: 37,4 bilhões;
- Tailândia: 20,4 bilhões;
- China: 17,2 bilhões;
- Coreia do Sul: 9,1 bilhões
Além disso, segundo o mesmo relatório, as transações instantâneas representaram 36,2% dos pagamentos eletrônicos em 2023. E existe a previsão de que chegue a 50,4% em 2028.
Para Galípolo, o Pix aumentou a concorrência no Brasil
Segundo o presidente do Banco Central, o Pix enfrentou muitos obstáculos para sair do papel. Afinal, o projeto sofreu “mais de 10 anos de resistência”, nas palavras de Galípolo.
Finalmente, para que o sistema de pagamento saísse do papel, foi necessário o BC entrar em campo. De acordo com Galípolo, a instituição conseguiu isso ao funcionar como “regulador de sistema de pagamento para forçar a participação de mais de 500 mil contas e instituições”.
Um resultado importante do projeto, para ele, foi ter aumentado a competição no setor de pagamento brasileiro. Afinal, o Pix teria coberta a demanda por uma “opção de pagamento rápida, barata, fácil e segura”.

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