Imposto de Renda: conheça as taxas propostas sobre rendas altas

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A partir de 2026, quem ganha acima de R$ 600 mil por ano poderá ter que pagar uma taxa adicional de Imposto de Renda.
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Flavio Aguilar
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Marta Stephens
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Declaração de Imposto de Renda

A partir de 2026, quem ganha acima de R$ 600 mil por ano poderá ter que pagar uma taxa adicional de Imposto de Renda. Pelo menos, é isso que deseja o governo Lula, que acabou de encaminhar uma proposta de reforma do IR ao Congresso.

A medida faz parte de um pacote de ajuste fiscal anunciado recentemente pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

O objetivo original do pacote era reduzir as despesas do governo federal e melhorar a situação das contas públicas. No entanto, a equipe econômica decidiu fazer alterações na cobrança do IR como uma forma de gerar uma agenda positiva em meio aos cortes.

Imposto de renda adicional de até 10% para quem ganha mais

Segundo informações do portal UOL, a proposta do governo prevê uma cobrança adicional de 10% de Imposto de Renda. Essa alíquota máxima se aplica a quem ganha R$ 1,2 milhão ou mais por ano.

No entanto, todos que ganharem acima de R$ 600 mil por ano já terão que pagar uma taxa extra. Ou seja, só escaparão totalmente da medida aqueles que ganharem, em média, até R$ 50 mil por mês.

A taxa adicional deve aumentar de forma progressiva, conforme o nível de renda a partir dos R$ 600 mil por ano. Veja alguns exemplos:

  • Renda de R$ 650 mil / ano: taxa adicional de 1,5% = R$ 9.750,00;
  • Renda de R$ 750 mil / ano: taxa adicional de 4% = R$ 30 mil;
  • Renda de R$ 800 mil / ano: taxa adicional de 5% = R$ 40 mil;
  • Renda de R$ 1 milhão / ano: taxa adicional de 8% = R$ 80 mil;
  • Renda de R$ 1,2 milhão / ano: taxa adicional de 10% = R$ 120 mil.

A pessoa fiscal terá a possibilidade de abater desse valor o que já tenha pago de IR. Por exemplo, poderá descontar cobranças já feitas sobre o salário, pagamentos pelo Carnê Leão ou sobre rendimentos de aplicações financeiras, entre outros casos.

Cobrança leva em conta diversas fontes de renda

A proposta do governo considera não apenas salários, mas também outras fontes de renda na composição do valor a ser taxado pela Receita Federal.

Afinal, a renda total equivale à soma de:

  • Salários;
  • Valores de aluguéis;
  • Rendimentos de aplicações financeiras;
  • Distribuição de lucros e dividendos;
  • Entre outros casos.

Portanto, uma pessoa que recebe um salário de R$ 10 mil por mês será alvo da alíquota adicional se outros rendimentos elevarem sua renda a R$ 50 mil por mês. Atualmente, quem recebe dividendos ou distribuição de lucro de suas empresas não paga IR sobre esses valores.

Governo espera compensar perdas com aumento da isenção

Com a criação da alíquota extra, o governo deseja compensar o rombo que surgiria com a aprovação do aumento da faixa de isenção do Imposto de Renda.

A gestão Lula deseja cumprir uma promessa de campanha ao isentar da cobrança de IR quem ganha até R$ 5 mil por mês. No entanto, a expectativa é de que isso provoque um rombo em torno de R$ 35 bilhões em arrecadação.

Portanto, aumentar o imposto sobre as faixas de renda mais elevada serviria como uma forma de neutralizar o impacto sobre as contas públicas. Além disso, a medida reforçaria a percepção de que o governo está beneficiando a classe média.

Apesar disso, tanto a proposta de uma alíquota adicional quanto a de um aumento da faixa de isenção do IR dependem de aprovação no Congresso. Isso significa que devem passar tanto pela Câmara dos Deputados quanto pelo Senado.

Além disso, caso as mudanças recebam a chancela do Legislativo em 2025, só passarão a valer no ano fiscal seguinte — ou seja, em 2026.

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