B3 cria índices específicos para estatais e empresas privadas

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Os investidores terão acesso a esses dois novos produtos a partir de segunda-feira (07/10).
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Flavio Aguilar
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Marta Stephens
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A B3 anunciou a criação de dois novos indicadores derivados do Ibovespa, o principal índice da bolsa de valores brasileira. Um dos índices reúne somente ações de companhias com controle estatal, recebendo o nome de Ibovespa B3 Estatais (IBEE).

Por outro lado, o índice Ibovespa B3 Empresas (IBEP), congrega apenas ações de empresas privadas. Segundo informações da B3, os investidores terão acesso a esses dois novos produtos a partir da próxima segunda-feira (07/10).

Em ambos os casos, as ações que esses índices reúnem devem estar presentes na carteira do Ibovespa, que continuará sendo o principal índice da bolsa brasileira. Atualmente, o Ibovespa tem 81% de seus papéis referentes a empresas privadas. No entanto, os demais 19% são ações de companhias estatais.

B3 focará em papéis mais relevantes

Os dois novos índices terão como foco algumas ações mais relevantes em cada caso. Afinal, o objetivo é reunir papéis com maior potencial de negociabilidade e representatividade.

O Ibovespa B3 Estatais servirá como índice de desempenho médio de uma seleção de companhias estatais. Portanto, serão 7 ações de 6 empresas diferentes:

  • Banco do Brasil;
  • BB Seguridade;
  • Caixa Seguridade;
  • Cemig;
  • Copel;
  • Petrobras.

Essa carteira refletirá o retorno dos diferentes papéis levando em conta o reinvestimento dos dividendos e a fatia do lucro de cada empresa que foi distribuída para os acionistas.

Por outro lado, o Ibovespa B3 Empresas Privadas servirá como indicador de desempenho de ações de empresas privadas. Por isso, a carteira será composta por 79 papéis de 77 companhias diferentes. Entre elas, destacam-se ações como:

  • B3;
  • Bradesco;
  • Eletrobras;
  • Itaú;
  • Vale;
  • WEG.

Todas essas companhias também fazem parte do Ibovespa devido à sua representatividade. Assim como ocorrerá no Ibovespa B3 Estatais, as ações terão pesos diferentes conforme sua importância. Além disso, ambos os índices estão sujeitos a uma avaliação periódica. Portanto, caso uma empresa estatal seja privatizada, por exemplo, ela deixará de fazer parte do IBEE e poderá passar a compor o IBEP.

Ambos os índices seguem a mesma metodologia em relação à forma de ponderação e a regras de exclusão do Ibovespa. Também podem ser rebalanceados de quatro em quatro meses.

As ações que têm um peso maior no Ibovespa terão um peso mais elevado nos índices novos — e a mesma lógica se aplica aos papéis com menos peso. Além disso, como ocorre no Ibovespa, o peso máximo que uma ação pode ter na carteira corresponde a 20%.

Índice de estatais teria rendido mais de 300% desde 2018

Tanto o Ibovespa B3 Estatais quanto o Ibovespa B3 Empresas Privadas teriam um resultado positivo, caso já existissem a partir de janeiro de 2018.

No entanto, o IBEE ofereceria o resultado mais impactante. Afinal, teria apresentado uma valorização de 315,61% nesse período, o que corresponde a 26,80% ao ano. Por outro lado, o IBEP teria rendido bem menos: 35,93% em todo o período, o equivalente a 5,25%.

Portanto, o índice de estatais superaria com folga o próprio Ibovespa, que teve 73,20% considerando o período inteiro e 9,59% pelo recorte anual. Enquanto isso, o índice das empresas privadas teria sido inferior também ao Ibovespa.

Atualmente, a B3 está em negociações para oferecer produtos financeiros que acompanhem a carteira dos dois novos indicadores. O objetivo é ter uma instituição parceira para o lançamento, por exemplo, de fundos comprados em bolsa (ETFs) que acompanhem os índices novos.

Ricardo Cavalheiro, superintendente de índices da B3, comentou o assunto recentemente:

“Estamos conversando com um parceiro para utilizar em produtos esses indicadores. Espero que eles sejam lançados logo, o mais rápido possível.”

B3 tem diversos outros indicadores disponíveis

Além do Ibovespa e dos dois novos indicadores recém-anunciados, a B3 conta com diversos outros índices no mercado atualmente. No total, são 39 índices — e 6 deles derivam do Ibovespa. Os outros 4 indicadores (além dos anunciados agora) são:

  • Ibovespa Smart Dividendos B3;
  • Ibovespa Smart High Beta B3;
  • Ibovespa Smart Low Volatility B3;
  • Ibovespa B3 BR+.

O Nubank tem ETFs disponíveis para todos esses indicadores. O uso de índices permite que os investidores possam avaliar papéis em conjunto, levando em conta características em comum entre eles. Além disso, servem como referência para produtos de investimento específicos, como os ETFs do Nubank.

Como afirma Cavalheiro:

“Os indicadores são criados com um caráter informativo, primeiramente. Mas depois se traduzem em produtos concretos para os investidores.”

No início do ano, a B3 também lançou o “índice do medo”. O objetivo desse indicador, no caso, é medir a volatilidade implícita do Ibovespa. Ele é fruto de uma parceria com a S&P Dow Jones Indices (S&P DJI).

O índice S&P/B3 Ibovespa VIX qualifica o nível de volatilidade precificado pelo mercado financeiro para os próximos 30 dias. Para isso, toma como base a negociação de contratos futuros do Ibovespa. Portanto, quanto mais pontos, maior é a volatilidade esperada — e vice-versa. Ou seja, ele serve como um termômetro do sentimento dos investidores.

B3 também oferece ETFs de criptomoedas

Além da criação de índices diversos, a B3 investe em outras frentes quando o assunto são produtos financeiros. E muitas delas têm a ver com criptomoedas.

Por exemplo, a “bolsa brasileira” tem mais de 10 tipos diferentes de ETFs cripto disponíveis para os investidores. As opções incluem desde fundos que replicam índices de mercado, reunindo mais de uma criptomoeda, até aqueles que consideram somente um ativo ou uma temática específica.

Um bom exemplo do primeiro caso é o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice (HASH11), que usa o índice Nasdaq Crypto como referência. Ele se baseia nos preços do Bitcoin, Ethereum, Litecoin e outras moedas.

Quanto aos ETFs de moedas específicas, destacam-se opções como o Hashdex Nasdaq Bitcoin Reference Price Fundo de Índice (BITH11) e o Hashdex Nasdaq Ethereum Reference Price Fundo de Índice (ETHE11). Como os nomes sugerem, trata-se de fundos baseados em índices da Nasdaq para Bitcoin e Ethereum, respectivamente.

As moedas digitais ficaram em quarto lugar entre os produtos mais visados pelo público alvo da pesquisa.

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