Campos Neto, presidente do BC, fala sobre juros e economia em evento do BTG Pactual

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Durante o evento MacroDay, Campos Neto mencionou que houve um mal-entendido sobre as decisões do Copom no primeiro semestre.
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Pedro Augusto
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Campos Neto
Roberto Campos Neto, atual presidente do Banco Central do Brasil.

Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central (BC), declarou nesta terça-feira (20/08) que o Banco Central manterá sua política de ajustar as taxas de juros conforme necessário para atingir a meta de inflação de 3% ao ano, independentemente de quem esteja à frente da instituição.

Durante o evento MacroDay, do BTG Pactual, ele mencionou que houve um mal-entendido sobre as decisões do Comitê de Política Monetária (Copom) no primeiro semestre. Isto, por sua vezm acabou elevando o prêmio de risco do país.

Campos Neto explicou que isso se deu após divisões internas no colegiado, percebidas por alguns como políticas. Contudo, ele garantiu que as decisões são baseadas em critérios técnicos.

Ele também destacou que a equipe do Banco Central se empenhou para esclarecer que suas decisões são técnicas e focadas no objetivo de controle da inflação. Como resultado, essa melhoria na comunicação contribuiu para a redução de parte do prêmio de risco.

Com o término de seu mandato previsto para o final deste ano, Campos Neto revelou seus planos de retornar ao setor privado. No entanto, ele reafirmou o compromisso do Banco Central com a estabilidade econômica.

O BC vai sempre perseguir a meta e vai subir os juros independente de eu estar ou não no BC.

Campos Neto vê melhora no cenário global, apesar da volatilidade

O presidente do BC também observou que, apesar das flutuações recentes, o cenário global está mostrando sinais de melhora. Ao mesmo tempo, a economia local tem registrado dados robustos.

Campos Neto também expressou preocupação com o crescimento da dívida global. Ele considerou que a economia americana não conseguiu realizar um ajuste econômico suave, o que era esperado.

Ele também comentou sobre melhorias no âmbito internacional, destacando que, apesar de existirem várias questões geopolíticas e inflacionárias preocupantes, houve uma melhora perceptível nas últimas semanas. Isso se deve, em parte, à expectativa de que a política de juros poderia ser revisada para baixo.

Além disso, a manutenção de altas taxas de juros sobre uma dívida crescente poderia drenar significativamente a liquidez do mercado, impactando de forma rápida e intensa. Dessa forma, tais condições poderiam provocar instabilidades nos mercados emergentes, começando pelos países mais vulneráveis e escalando até afetar o setor corporativo.

O Banco Central precisa ter sua independência

Ademais, Campos Neto ressaltou que, apesar do ruído no início do mês ter impactado negativamente as principais bolsas globais, incluindo o índice Ibovespa, a estratégia do Banco Central atualmente consiste em desviar o foco do curto prazo.

O representante do BC enfatizou que a instituição continua alinhada com as diretrizes do Copom, comunicando uma postura consistente desde então. Os indicadores locais têm se mostrado fortes, e o cenário internacional apresenta sinais de melhoria, apesar das flutuações causadas pelas expectativas de ajuste nas taxas de juros.

A prioridade, segundo ele, é manter uma visão menos reativa aos ruídos de curto prazo e mais focada em ajustes necessários, como a possível elevação dos juros, caso se mostre necessário.

Por fim, Campos Neto também destacou a importância da independência do BC e a necessidade de cautela, monitorando os desenvolvimentos fiscais e monetários, além de considerar o cenário global e suas implicações para o Brasil.

O desemprego continua surpreendendo. Temos um dado mais forte no local e um cenário de volatilidade lá fora, mas que está melhor do que estava antes.”

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