US$ 85 mil é a chave para o preço do Bitcoin subir 30%, apontam analistas
O Bitcoin começou a semana em alta, sendo negociado por volta de US$ 85 mil na terça-feira (15/04), o equivalente a R$ 503.341,26. A leve valorização de 1% trouxe novo fôlego ao mercado, mas os analistas alertam: esse nível de preço pode se tornar um gatilho para uma alta de até 30% — ou o início de uma nova correção.
Caio Villa, CIO da Uniera, acredita que o alívio nas tensões comerciais, provocado por declarações mais suaves de Donald Trump, ajudou a impulsionar ativos de risco. A liberação parcial de tarifas para eletrônicos, como chips e celulares, animou os investidores. Ao mesmo tempo, o RSI semanal do Bitcoin rompeu sua tendência de baixa, indicando espaço para mais alta nas próximas semanas.
‘Com o RSI positivo e o aumento da liquidez global (M2), o cenário se mostra favorável para uma recuperação mais sólida do BTC’, afirmou Villa.
André Franco, CEO da Boost Research, segue na mesma linha. De acordo com ele, o Bitcoin está se beneficiando do otimismo momentâneo do mercado e destaca que acordos comerciais com mais de 10 países aumentaram a previsibilidade. Contudo, ele alerta: ‘Novas tarifas ou falas imprevisíveis de Trump podem devolver a volatilidade ao mercado rapidamente.’
Preço do Bitcoin: institucionais voltam a acumular BTC
Apesar dos recentes saques em ETFs, Beto Fernandes, da Foxbit, observa que a movimentação é mais relacionada a gestão de risco do que falta de interesse. Segundo ele, empresas como a MicroStrategy seguem comprando, e o número de baleias no mercado também cresce.
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‘A acumulação silenciosa pode ser um passo importante antes de um novo salto no preço’, reforça Fernandes.
Guilherme Prado, da Bitget, destaca que o rompimento dos US$ 84.900 quebrou uma tendência de baixa que durava três meses. Agora, o Bitcoin testa resistências entre US$ 85.100 e US$ 87.000, onde posições vendidas podem ser liquidadas.
Caso o preço do Bitcoin ultrapasse essa faixa, há espaço técnico para chegar aos US$ 90 mil e, se mantiver o volume, pode avançar até os US$ 110 mil, representando alta de 30%, também impulsionando outras criptomoedas promissoras.
No entanto, o BTC ainda enfrenta zonas de liquidação em US$ 83.700. Uma queda nesse ponto pode gerar liquidações superiores a US$ 500 milhões, afetando o sentimento de curto prazo.
Alta depende do silêncio de Trump
Nic Puckrin, fundador do Coin Bureau, lembra que o preço do Bitcoin fechou um gap da CME, o que costuma ser sinal positivo. No entanto, ele adverte: ‘Se Trump lançar mais surpresas, o mercado pode azedar rapidamente.’
Ana de Mattos, da Ripio, mira o nível de US$ 87.530 como o próximo alvo importante. Desse modo, ela alerta que, caso apareça força vendedora, o BTC pode recuar para US$ 79.590 ou até US$ 74.800.
Paulo Aragão, do Giro Bitcoin, vê a moeda no fim de uma cunha ascendente. De acordo com ele, somente o rompimento com força até US$ 89 mil pode iniciar um novo rali. Caso contrário, o ativo pode cair para US$ 76 mil, antes de retomar a alta.
Além das falas de Trump, os investidores precisam acompanhar eventos importantes como o discurso de Jerome Powell, os dados de vendas no varejo nos EUA e a decisão de juros do Banco Central Europeu.
Qualquer sinal de enfraquecimento na economia tradicional pode reforçar o Bitcoin como alternativa em tempos incertos, o que daria mais força para a tão esperada escalada do BTC rumo aos US$ 110 mil.
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