Stablecoins vão dominar o mundo e acabar com o mercado de câmbio, diz especialista

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Stablecoins vão dominar o mundo e substituir o mercado de câmbio até 2030, prevê Mike Novogratz, apoiado em projeções do Citi Institute.
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As stablecoins devem dominar o mundo e acabar com o mercado de câmbio nos próximos anos. Essa previsão veio de Mike Novogratz, um dos maiores especialistas em criptoativos, durante recente declaração nas redes sociais.

Segundo Novogratz, o sistema de câmbio atual, marcado por transações lentas e custos elevados, está ficando obsoleto. Stablecoins, que combinam a estabilidade de moedas fiduciárias com a agilidade das blockchains, surgem como solução natural para esse problema. ‘Se os países quiserem participar, precisam aderir agora ou ficarão para trás’, afirmou o empresário no X (antigo Twitter).

O otimismo de Novogratz ganha força com dados recentes. O Citi Institute, em seu relatório Global Perspectives and Solutions de abril de 2025, estima que o mercado de stablecoins pode chegar a US$ 1,6 trilhão até 2030 no cenário base. Em um cenário mais otimista, o número poderia saltar para impressionantes US$ 3,7 trilhões.

Essa expansão teria como combustível principal a crescente demanda por dólares digitais e a regulamentação mais clara em países-chave. Se concretizada, a explosão das stablecoins poderia gerar US$ 1 trilhão em novas compras de títulos do Tesouro dos Estados Unidos, movimentando ainda mais a economia global.

Stablecoins e mercado de câmbio

Além disso, alguns dos melhores projetos de criptomoedas envolvendo stablecoins continuam surgindo. O Ripple Labs lançou a stablecoin RLUSD, que já alcança quase US$ 300 milhões em valor de mercado. A gigante Fidelity também avalia lançar sua própria criptomoeda lastreada em dólar, reforçando o interesse de grandes instituições financeiras no setor.

Apesar desse avanço acelerado, desafios persistem. O colapso do projeto Terra/Luna em 2022 ainda pesa na confiança do público. Além disso, questões de escalabilidade, percepção pública e regulamentação precisam ser resolvidas para garantir uma adoção verdadeiramente global.

No Brasil, Ibiaçu Caetano, CFO do Bitbank e membro da ABRACAN (Associação Brasileira de Câmbio), afirmou que o uso de stablecoins já ultrapassa US$ 18 bilhões, superando inclusive o mercado tradicional de câmbio para turismo.

De acordo com ele, 3% desse volume se destina à arbitragem, enquanto 8% vai para investimentos. Por outro lado, 89% são usados em pagamentos, demonstrando a força desse segmento.

‘Basicamente, existem dois grandes casos de uso para ativos virtuais: pagamentos e investimentos. No entanto, é fácil perceber que o investimento, embora relevante, não representa um volume tão expressivo quanto o de pagamentos. Afinal, a economia global gira através dos pagamentos. Por isso, stablecoins têm um potencial muito maior como uso prático do que o investimento em si’, destacou Caetano.

Além disso, ele explica que esse movimento inclui desde arbitradores, que compram ativos digitais no exterior para revender no Brasil, até fundos de investimento, que ainda precisam operar por meio de exchanges estrangeiras devido à falta de regulação local.

Dinheiro segue para o exterior via stablecoins

De acordo com ele, com a entrada em vigor da Resolução 175 da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), os fundos brasileiros seguem proibidos de aplicar diretamente em exchanges nacionais, já que nenhuma plataforma obteve regulamentação até agora. ‘Essa lacuna obriga as instituições a enviar dinheiro para fora, realizando câmbio e operando fora do país’, reforçou o executivo.

No que diz respeito à demanda por câmbio corporativo, especialmente para o pagamento de salários e serviços no exterior, Caetano admite que ainda é difícil mensurar o volume com precisão. Contudo, ele observa que o crescimento é claro, impulsionado principalmente pela adoção crescente das stablecoins como meio de pagamento internacional.

‘As stablecoins estão sendo cada vez mais utilizadas para comércio exterior, remessas e serviços. Isso acontece principalmente porque os custos são muito mais baixos quando comparados aos sistemas tradicionais, como o Swift’, ele ressalta

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