Rússia pretende construir pools de mineração de Bitcoin nos países do BRICS
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A Rússia deu um passo significativo ao anunciar seus planos de construir pools de mineração de Bitcoin em países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).
Esse movimento, liderado pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF) em colaboração com a BitRiver, maior empresa russa de mineração de criptomoedas, foi revelado durante o Fórum Empresarial do grupo, um evento que busca fortalecer as economias emergentes.
O projeto, que vai além da simples mineração de Bitcoin, sinaliza a intenção da Rússia em consolidar sua posição no cenário global de criptomoedas.
Mais do que isso, o plano inclui a integração de tecnologias de inteligência artificial (IA) nos processos de mineração. Dessa forma, isto pode indicar um avanço na eficiência e na competitividade do país no setor.
Igor Runets, CEO da BitRiver, destacou o potencial transformador dessa iniciativa. Ele enfatizou que a parceria com o RDIF vai possibilitar a criação de uma infraestrutura robusta. Além disso, esta será baseada na mineração de Bitcoin e voltada para a construção de centros de dados com alto consumo de energia.
BRICS aposta em Bitcoin para reduzir dependência do dólar
A recente movimentação prova que o bloco BRICS demonstra um esforço claro em ampliar a cooperação econômica e política entre seus membros. Ao mesmo tempo, eles buscam alternativas ao domínio do dólar nas transações internacionais.
Essa busca por desdolarização, que há tempos se encontra entre as prioridades do grupo, revela um desejo crescente de autonomia frente às flutuações e pressões do sistema financeiro global, muitas vezes influenciado por interesses específicos.
Nesse contexto, a mineração de Bitcoin surge como uma estratégia fundamental. A natureza descentralizada dessa atividade oferece uma rota que pode fugir das tradicionais amarras geopolíticas e econômicas. Como resultado, proporciona-se uma nova via para os países que compõem o BRICS.
Embora seja um setor relativamente novo para alguns, a resistência do Bitcoin às pressões externas pode tornar-se uma ferramenta estratégica no longo prazo.
A Rússia, por meio de seu Fundo Russo de Investimento Direto, criado em 2011 para atrair capital estrangeiro, tem mostrado ser um ator importante nessa transição. O fundo já investiu em mais de 100 projetos, demonstrando o peso do capital estrangeiro em sua economia.
A parceria com a BitRiver, uma empresa que opera 21 centros de dados na Rússia e que está em processo de expansão com mais 10 novas instalações voltadas para computação intensiva, é mais um sinal de que a Rússia está apostando pesado na inovação tecnológica.

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