Bradesco desenvolve solução com USDC para comércio exterior
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Em uma iniciativa pioneira, o Banco Bradesco começou a utilizar stablecoins, especificamente a USD Coin (USDC), para transações internacionais. O projeto, em parceria com a empresa brasileira Parfin, busca melhorar a eficiência e reduzir custos nas operações de câmbio.
Assim, a inovação promete ser um divisor de águas no comércio exterior.
Bradesco aposta em stablecoins para eficiência e redução de custos
O Banco Bradesco, um dos maiores bancos do Brasil, lançou recentemente um projeto piloto para utilizar stablecoins, criptomoedas atreladas a moedas tradicionais, no comércio exterior. A USD Coin (USDC), stablecoin escolhida, facilita transações internacionais e promete trazer mais eficiência e redução de custos.
A Parfin, empresa brasileira especializada em infraestrutura blockchain, é a parceira nesta iniciativa. O Bradesco começou este projeto para atender à demanda crescente de seus clientes por soluções mais rápidas e econômicas.
Além disso, o banco acredita que o uso de stablecoins pode ser um “caminho sem volta” para o comércio internacional.
O funcionamento do projeto envolve o pagamento de exportadores brasileiros em stablecoins pelos importadores estrangeiros. A Parfin converte as stablecoins em dólares e, em seguida, o Bradesco converte esses dólares em reais. Este processo não só aumenta a eficiência, como também reduz os custos tradicionais associados ao câmbio.
Roberto Medeiros, diretor da área internacional e câmbio do Bradesco, destacou que a nova solução não apenas traz maior eficiência, mas também reduz significativamente os custos das transações. A Parfin desempenha um papel crucial, utilizando sua plataforma Rayls para garantir a segurança e a privacidade das transações.
Parfin e Bradesco firmam parceria para desenvolver alternativas de pagamentos
Fundada em 2019, a Parfin é uma empresa brasileira que vem se destacando na adoção da tecnologia blockchain. A empresa desenvolveu a Rayls, uma rede de troca de valor compatível com Ethereum, permitindo a criação de sub-redes permissionadas para instituições financeiras.
Esta solução está sendo testada como parte do projeto piloto do Drex, a CBDC (moeda digital do banco central) brasileira. A Rayls foi criada especificamente para suportar soluções de tokenização, que visam integrar a tecnologia blockchain ao sistema financeiro tradicional.
Além da conversão de stablecoins, a Parfin está desenvolvendo outros projetos no âmbito do Drex, incluindo a tokenização de ativos financeiros e o desenvolvimento de contratos inteligentes.
A tokenização de ativos financeiros permite que instituições financeiras tradicionais interajam com o mundo das finanças descentralizadas (DeFi). A Parfin também está trabalhando em contratos inteligentes para automatizar transações financeiras e melhorar a governança.
Estes projetos visam oferecer soluções de privacidade e segurança, essenciais para a adoção ampla da tecnologia blockchain no setor financeiro. A Parfin tem recebido financiamento de várias rodadas de investimentos, incluindo uma rodada Série A de US$ 16 milhões em 2024.
A empresa é conhecida por sua abordagem que combina facilidade de uso com rigor regulatório, ajudando as instituições a explorar o potencial dos ativos digitais e da tecnologia blockchain de maneira responsável e inovadora.
Contudo, a participação da Parfin no projeto Drex do Banco Central do Brasil destaca o papel pioneiro da empresa na integração da tecnologia blockchain com o sistema financeiro tradicional.
A Parfin está desenvolvendo soluções que vão desde a privacidade e segurança até a eficiência e escalabilidade das operações. Essas iniciativas refletem o compromisso da Parfin em promover a adoção segura e eficiente da tecnologia blockchain no setor financeiro.
Futuro das transações financeiras
A adoção de stablecoins no comércio exterior é vista como um divisor de águas para o setor financeiro. As vantagens incluem maior eficiência, redução de custos e maior segurança nas transações. Além disso, a transparência e a rastreabilidade oferecidas pela tecnologia blockchain são superiores aos métodos tradicionais.
No entanto, a adoção das stablecoins apresenta desafios, especialmente em relação à regulamentação, ainda em desenvolvimento em muitos países.
Assim, iniciativas como a do Bradesco ajudam a moldar o futuro das transações financeiras, demonstrando que a integração da tecnologia blockchain pode ser feita de forma segura e eficiente.
À medida que mais instituições financeiras adotam essas tecnologias, os benefícios para clientes, empresas e a economia como um todo se tornam mais evidentes.
A jornada do Bradesco com as stablecoins e a tecnologia blockchain está apenas começando, mas os resultados iniciais são promissores. O futuro do comércio exterior parece cada vez mais digital e eficiente, com o Bradesco na vanguarda dessa transformação.
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