Mercado Pago lança nova stablecoin pareada com o dólar norte-americano

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O Mercado Pago informou aos seus clientes que lançará a Méli Dólar, sua moeda digital.
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Killian A.
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Thiago Luiz Lapa
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O anúncio de uma nova criptomoeda em circulação no mercado brasileiro está atraindo a atenção dos investidores. A iniciativa é de uma das grandes empresas em atuação no Brasil. Recentemente, o Mercado Pago, informou aos seus clientes que lançará a Méli Dólar, sua moeda digital. O grande atrativo da nova opção de investimento é a equiparação do seu valor com o dólar dos Estados Unidos.

Essa notícia causou surpresa e entusiasmo no mercado. Isso porque essa é a primeira stablecoin brasileira pareada com o dólar. Esse tipo de ativo tem uma boa aceitação em grandes mercados, especialmente aqueles que estão em crescimento, como é o caso do Brasil, por sua praticidade.

Isso porque as stablecoins são pensadas para substituir a circulação do dólar convencional ou da moeda de referência. Dessa forma, as moedas digitais são excelentes opções para quem quer fazer transações rápidas e seguras nas compras rotineiras ou até mesmo para investir em outras criptos. Esse tipo de ativo possibilita maior liberdade de ação sem intervenção direta do governo.

Continue lendo e veja quando a criptomoeda Méli Dólar será lançada e como será comercializada.

A nova moeda do Mercado Pago deve oscilar menos que as demais criptomoedas

Segundo os desenvolvedores, uma das vantagens da Méli Dólar é uma oscilação menor que as demais criptomoedas. Isso porque não está sujeita às condições normais de oscilação das criptomoedas, que é um dos fatores que mais assusta os investidores no momento. A Méli Dólar vai ser precificada pelo valor do dólar, um ativo que conta com uma instabilidade bem menor.

Hoje, o mercado em geral está passando por um período bastante complicado. Diversas criptomoedas tiveram quedas consideráveis impulsionadas por uma série de fatores externos. A crise econômica nos Estados Unidos é um exemplo. Algumas decisões do Federal Reserve (FED) acabaram não surtindo o efeito esperado. Assim, o aumento das taxas de juros no país fez com que muitos investidores ficassem receosos. Além disso, os Estados Unidos passam pelo processo de eleições presidenciais, o que aumenta ainda mais a evasão do mercado de investimentos de alto risco.

Por isso, uma stablecoin pareada com o dólar norte-americano pode ser uma boa alternativa. Especialmente porque a tendência é que a moeda centralizada daquele país tenha muito mais chances de manter seu valor do que um ativo não pareado.

Além disso, o FED decidiu recentemente baixar um pouco a taxa de juros no país. Os reflexos dessa medida já estão sendo sentidos . Assim, há grandes chances de que o dólar e as moedas com valor indexado se tornem mais acessíveis também para os brasileiros. Afinal, a cotação da moeda norte-americana já teve uma redução considerável nos últimos dias.

A Méli Dólar está disponível no aplicativo do Mercado Pago para todos os seus clientes

A Méli Dólar ficará disponível no aplicativo do Mercado Pago já usado por clientes da empresa. Os ativos poderão ser comprados com os saldos em real disponíveis na conta do usuário. Como já é comum no aplicativo da empresa, os investidores poderão movimentar seus ativos com os recursos já aplicados para as demais criptomoedas.

Para aumentar ainda mais a adesão da Méli Dólar, os responsáveis pelo Mercado Pago afirmam que não existirão taxas de intermediação para compra e venda da nova stablecoin. Com a desoneração das transações, os desenvolvedores pretendem tornar o token mais atrativo e rentável para os investidores.

Além da nova opção de investimento, os clientes do Mercado Pago têm acesso a outras criptomoedas no aplicativo da empresa. Esse é o caso do ETH e do Bitcoin, por exemplo. A empresa também oferece uma opção de token nativo, chamado MercadoCoin. No momento, a criptomoeda criada pelo MP faz parte do programa de fidelidade da empresa para os investidores como recompensa por investimentos e afins.

Diversas empresas estão envolvidas no lançamento da Méli Dólar

O Mercado Pago não é uma empresa isolada. Essa é apenas uma das corporações que compõem o grupo Mercado Livre, o qual é bastante conhecido no Brasil e em outros países da América Latina. Esse conglomerado econômico é responsável por um dos maiores sites de compra e venda de mercadorias da região. Com a criação do Mercado Pago, a empresa passou também a oferecer diversos serviços financeiros, como, por exemplo, criptomoedas e alternativas de pagamento.

O lançamento da Méli Dólar será possível com o apoio de mais uma empresa, parceira do grupo econômico em questão. Quem vai possibilitar o lançamento da stablecoin é a Ripio, empresa que também é responsável pela criptomoeda MercadoCoin.

A Ripio hoje é uma das gigantes da América Latina. A corretora tem uma plataforma presente em quase todos os países do continente e é responsável por formar mercados e auxiliar algumas exchanges. Em conjunto, as empresas decidiram que a nova cripto será emitida pela empresa Meli Uruguai S.R.L, que também integra o grupo Mercado Livre.

Com relação ao lançamento da Méli Dólar, o presidente da Ripio, Sebastian Serrano, se mostrou empolgado. Em nota recente, ele declarou que usar uma criptomoeda pareada com o dólar é uma opção bastante segura para o investidor brasileiro. Isso porque pode ajudar a proteger o valor de compra em um momento de instabilidade econômica.

Outras stablecoins brasileiras e o futuro lançamento do DREX

No Brasil já existem stablecoins pareadas com o Real. Esse é o caso do token BRZ, lançado pela Asset Tokenization. A responsável pelo ativo é um setor da empresa Transfero, que tem sede na Suíça e opera em toda Europa e no Brasil. O BRZ teve boa aceitação no mercado e a negociação ocorre nas principais exchanges do mercado, como a Binance, por exemplo.

Outro ativo que deve entrar em circulação em breve é o DREX. O ativo funcionará como uma alternativa à moeda brasileira, assim como as stablecoins. No entanto, o token deve ser lançado e regulamentado pelo Banco Central. O DREX foi pensado após o sucesso do PIX no Brasil e a necessidade de aumentar a tokenização.

No entanto, o projeto está demorando mais do que o previsto. Isso porque a moeda digital já deveria estar em circulação. Recentemente, Fábio Araújo, que é coordenador do projeto DREX, afirmou que o ativo estará disponível efetivamente apenas em 2026, frustrando algumas expectativas.

Segundo ele, mais testes ainda precisam ocorrer antes de lançar o token oficialmente. Por isso, em 2025 o Banco Central abrirá chamada para empresas que desejam participar dos testes. Os interessados poderão submeter um projeto de atuação perante a Associação Brasileira de Internet (Abranet) e participar da seleção.

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