Kraken lançará blockchain própria em 2025

O nome Kraken já é bastante lembrado como uma das exchanges de criptomoedas há mais tempo no mercado. E tudo parece apontar para que ela se consolide ainda mais nesse setor. Afinal, a empresa parece olhar para o futuro com o anúncio de uma blockchain própria, a Ink.
Esse movimento busca colocar a corretora em uma posição de liderança no espaço DeFi, junto a outras plataformas populares, como Binance ou Coinbase. A previsão de estreia é para o primeiro trimestre do próximo ano.
Ink, a nova blockchain da Kraken
A nova blockchain da Kraken surge com o objetivo de ajudar empresas e vendedores a interagir facilmente com dApps e outras novas funções financeiras. Portanto, o anúncio da Kraken sobre a Ink é um mais passo na evolução da empresa, depois de quase 15 anos sendo uma exchange de destaque no mercado cripto.
Segundo o comunidade oficial da empresa, a Ink tem como principal objetivo facilitar o acesso às aplicações DeFi. A nova blockchain poderia mudar a forma como ocorrem as operações comerciais e empréstimos de tokens na plataforma, agora sem a necessidade de intermediários.
A Kraken destacou alguns dos pontos mais importantes sobre a nova blockchain:
“A Ink é a única blockchain com suporte de uma grande exchange ocidental cujo foco é construir a melhor experiência DeFi. Nosso objetivo é criar um ecossistema financeiro eficiente no qual a inovação prospere, a comunidade seja prioridade e todos possam aproveitar seus benefícios.”
Além disso, a empresa aproveitou a ocasião do anúncio da Ink para fazer um chamado aos desenvolvedores. Afinal, ela promete oferecer suporte de alto nível para quem quiser criar para sua blockchain própria:
“Além do acesso a uma vasta documentação, tutoriais e exemplos de código projetados para acelerar o processo de desenvolvimento, os desenvolvedores terão acesso a orientação especializada, workshops práticos, eventos especiais, suporte técnico robusto, canais da comunidade, oportunidades de suporte financeiro e integração personalizada para ajudar a dar vida às suas ideias.”
Por fim, a Kraken destacou que o foco mesmo com a Ink é o ecossistema DeFi:
“A Ink tem foco total em DeFi. Queremos apoiar seus esforços para desenvolver produtos que ajudem os usuários a acessar oportunidades novas e empolgantes on-chain. Quando cria algo na Ink, você se conecta a um ecossistema com outros desenvolvedores focados em DeFi, um lugar para alavancar comunidades e a conectividade que dão vida ao DeFi.”
Ink pode facilitar acesso aos aplicativos DeFi
A tecnologia que a Ink usará chama-se OP Stack, uma estrutura modular que a Optimism desenvolveu. Afinal, ela permite que blockchains interoperáveis e escaláveis sejam criadas no ecossistema Ethereum.
Portanto, a Ink estará na Superchain, uma rede de múltiplas estruturas de Camada 2 que compartilham governança e segurança com a mesma base de código.
Ou seja, a Kraken poderá aproveitar todas as vantagens de segurança que a ETH oferece. Mas, ao mesmo tempo, permitirá aos usuários uma experiência mais rápida e eficiente.
Mais de 40 desenvolvedores vêm trabalhando nesse projeto. Aliás, a Kraken planeja organizar um evento para seus desenvolvedores na Tailândia, que servirá para discutir critérios técnicos para o lançamento de uma testnet no final do ano.
O que está por trás do projeto
A chegada da Ink serve para dar uma resposta eficaz à crescente procura de plataformas DeFi com uma acessibilidade maior. Mas também se alinha aos objetivos da Kraken em relação às finanças.
Afinal, a Kraken diz que outras bolsas, como a Coinbase, cresceram bastante em quantidade de transações e em relação à sua receita após o lançamento de uma blockchain própria.
Por isso, a Kraken espera obter o mesmo sucesso com a Ink. Para que isso se confirme, ela deverá proporcionar um ambiente que permita aos clientes obter retornos e participar de diferentes tipos de atividades financeiras descentralizadas.
No entanto, a Kraken já indicou que não terá um token próprio — algo que a Binance fez com o BNB, por exemplo.
Kraken lançará blockchain no 1º trimestre de 2025
O papel da Kraken sobre a Ink permitirá o gerenciamento e priorização de transações na rede. Além disso, claro, ela deverá obter receita ao exercer esse papel.
Esse modelo de negócio já se provou viável para outras exchanges, como a Coinbase e a Binance. Portanto, é algo que a Kraken pode agora replicar.
Espera-se que a Ink suporte até 12 exchanges descentralizadas e plataformas de geração de renda. Isso permitiria aos usuários ter à sua disposição uma variedade grande de ferramentas DeFi.
Um futuro promissor para a Ink?
O crescimento que vimos no ecossistema DeFi nos últimos anos não tem precedentes. Então, faz sentido que a Kraken procure aderir a essa tendência e capitalizar com a chegada da Ink.
Além disso, à medida que o interesse por esse tipo de aplicação aumenta, a simplificação da experiência do usuário em blockchains pode atrair ainda mais clientes.
Por isso, a Kraken reafirma a importância de criar uma plataforma que seja eficiente e também capaz de oferecer uma experiência completa. Para que isso ocorra, é preciso que os usuários tenham a possibilidade de transitar entre o centralizado e o descentralizado sem obstáculos.
A Ink seria ao mesmo tempo um atrativo para a negociação e criação de memecoins com potencial. E esse é um setor especialmente popular — e em alta — no ecossistema blockchain. Portanto, pode ocorrer algo semelhante ao caso da Base, da Coinbase. Nesse caso, houve uma chegada massiva de memecoins após seu lançamento.
Agora, com o lançamento da Ink previsto para o primeiro trimestre de 2025, a Kraken pode assumir um papel importante no futuro das finanças descentralizadas. No entanto, isso dependerá de uma plataforma que seja tecnicamente avançada e com uma experiência facilitada ao máximo para os clientes.
Kraken lançou plataforma de derivativos em outubro
Além de desenvolver sua própria blockchain, a Kraken vem investindo em outras frentes. Por exemplo, no dia 3 de outubro, lançou uma plataforma de negociação de derivativos nas Bermudas.
Isso ocorreu após a Kraken obter uma licença Classe F (com foco em negócios digitais) da Autoridade Monetária das Bermudas (BMA, na sigla em inglês).
Essa licença permite que uma empresa forneça serviços de carteira. Além disso, a Kraken pode agora operar como uma provedora de serviços de empréstimo e recompra de ativos digitais. Também funciona como uma exchange de derivativos de ativos digitais.
A Kraken “abriu” a nova plataforma de derivativos com uma oferta inicial de futuros perpétuos e de vencimento fixo.

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