Hackers atacam pelo Zoom e enviam R$ 4,4 milhões em ETH para mixer

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Lazarus Group depositou 400 unidades de Ethereum no Tornado Cash; invasores usam videochamadas em novo ataque para roubar criptomoedas.
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Marta Stephens
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Recentemente, surgiu um novo tipo de ameaça no mercado cripto. Agora, hackers miram fundadores e executivos ligados a empresas do setor, em busca de dados sobre contas em exchanges e carteiras digitais.

Os hackers norte-coreanos do Lazarus Group continuam movimentando criptomoedas desviadas nas últimas invasões. No entanto, o grupo mudou a tática do golpe, direcionando as atividades para videochamadas através do Zoom.

Além disso, o grupo depositou 400 unidades de Ethereum (ETH) no popular mixer Tornado Cash. A empresa de segurança blockchain CertiK avisou sobre a movimentação suspeita na quinta-feira (13/03).

No total, o valor depositado em ETH vale quase US$ 760 mil, ou ainda R$ 4,4 milhões, considerando a cotação do Ethereum no mercado brasileiro. Atualmente, a criptomoeda é negociada por menos de R$ 11 mil através do par ETH/BRL.

Preço do Ethereum no Brasil (Reprodução: CoinMarketCap)

A Certik alertou não haver sinais de que o grupo vá parar de vender o saldo desviado no mercado. “Fiquem atentos”, disse a empresa.

Hackers aterrorizam mercado cripto

O Lazarus é um grupo de hackers ligado a alguns dos ataques mais marcantes no mundo cripto. Isso inclui, por exemplo, a invasão da rede Ronin em 2022, que resultou na perda de US$ 624 milhões.

Mais recentemente, o grupo roubou US$ 1,4 bilhão em cripto no ataque à exchange Bybit. A invasão aconteceu em fevereiro de 2025, sendo considerado o maior roubo de criptomoedas da história.

Dessa forma, a comunidade cripto monitora de perto a movimentação desse saldo roubado no mês passado. Os hackers buscam formas de lavar as criptomoedas via mixer e exchanges descentralizadas (DEX).

Especialistas em segurança cibernética alertam que o Lazarus usa um malware de roubo de criptomoedas sofisticado. O software malicioso é inovador e está em constante evolução, visando desenvolvedores do mercado cripto.

Especificamente, há meses a Coreia do Norte tem atacado desenvolvedores por meio de invasões contra a cadeia de suprimentos NPM. O objetivo é roubar fundos e dados ao mesmo tempo.

Além disso, o malware tenta se infiltrar em carteiras de criptomoedas populares. Relatórios apontam MetaMask, Exodus e Atomic como alvos frequentes do grupo de hackers.

Invasores atacam pelo Zoom

Surgiu um novo tipo de ameaça no mercado, com foco em fundadores de empresas cripto e executivos. A invasão acontece por meio de chamadas falsas no Zoom, nas quais hackers roubam criptomoedas e dados de investidores.

Fazem isso ao simular verdadeiras reuniões de negócios. No entanto, alegam problemas técnicos durante a chamada.

Assim, os invasores exibem um “vídeo genérico de um investidor entediado” na tela. O grupo então pede que a vítima clique em um link para uma nova chamada falsa. Desse modo, através deste link os hackers instalam o malware.

Nick Bax, da Security Alliance, explicou que esse grupo já roubou “dezenas de milhões de dólares” com essa tática. Além disso, ele disse que outros hackers estão copiando a estratégia.

Acredita-se que os hackers sejam norte-coreanos. Contudo, isso ainda não foi confirmado.

Grupos ligados à Coreia do Norte “se tornaram notórios por sua abordagem sofisticada e persistente”, segundo um relatório da Chainalysis.

Em 2024, eles roubaram US$ 1,34 bilhão em 47 ataques, o que representa 61% do total roubado no ano e 20% de todos os incidentes desse tipo no mercado cripto.

Giulio Xiloyannis, CEO da Pixelmon e cofundador da MON Protocol, compartilhou sua própria experiência recente. Ele também recebeu um link de Zoom projetado para instalar o malware.

Felizmente, Xiloyannis percebeu sinais suspeitos e os hackers falharam. “Havia indícios claros”, disse ele. “Abriu o Zoom no navegador sem perguntar se eu queria usar o aplicativo, pedindo para colar um código no meu ‘terminal’.”

Além dele, Melbin Thomas (fundador da Devdock AI), David Zhang (cofundador da Stably), Christoph Mussenbrock (cofundador da Etherisc) e vários outros relataram tentativas semelhantes de ataque.

Ataques contra criptomoedas deve continuar

Isso provavelmente não vai parar. A Chainalysis destacou que hackers norte-coreanos usam malware avançado, engenharia social e roubo de criptomoedas para financiar operações estatais e driblar sanções internacionais.

Além disso, Tom Robinson, cofundador da empresa de investigação cripto Elliptic, alertou que a Coreia do Norte é o país mais avançado quando se trata de lavar ativos digitais roubados.

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