Fonte do governo federal contesta controle do Drex pelo BC

BC CBDC Drex
Autor
Autor
Flavio Aguilar
Last updated: 
Por que confiar em nós?

Por mais de uma década, o Cryptonews cobre a indústria de criptomoedas, com o objetivo de fornecer insights informativos aos nossos leitores. Nossos jornalistas e analistas possuem vasta experiência em análise de mercado e tecnologias de blockchain. Nossa equipe se esforça diariamente para manter altos padrões editoriais, focando na precisão factual e na reportagem equilibrada em todas as áreas - desde criptomoedas e projetos de blockchain, até eventos da indústria, produtos e desenvolvimentos tecnológicos. Nossa presença contínua na indústria reflete nosso compromisso em fornecer informações relevantes no mundo em evolução dos ativos digitais. Leia mais sobre o Cryptonews.

Fonte do governo federal contesta controle do Drex pelo BC
Screenshot BCB

O governo federal elogiou recentemente a iniciativa da digitalização da economia brasileira. No entanto, contestou o formato de governança para o Drex proposto pelo Banco Central (BC).

A fala foi do secretário de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Emmanuel Sousa de Abreu. Ela ocorreu durante um debate no Senado no qual o Drex foi o centro da discussão.

Na ocasião, o representante do Ministério da Fazenda afirmou que é preciso colocar limites na governança total do BC. Além disso, defendeu um poder maior para o Conselho Monetário Nacional (CMN).

Secretário defendeu modelo “soberano” para Drex

Durante o debate, Emmanuel Sousa ratificou as vantagens do Drex. No entanto, fez ressalvas quanto às questões de privacidade das quais a emissão digital é alvo. Além disso, o secretário destacou que a governança do sistema é um dos temas de maior discussão dentro da equipe técnica do governo. Portanto, ele saudou a intenção do Senado de atribuir ao CMN as questões de governança. Segundo Emmanuel:

“A discussão desta moeda digital não pode ficar especificamente dentro […] do Banco Central […], porque não envolve apenas temas técnicos, mas também temas políticos, como liberdade, auxílio a políticas públicas e tributação.”

Ele também elogiou a decisão de trazer para o Congresso a definição da competência para a emissão do Drex. Afinal, ela foi fundamental para se colocar “limites” ao poder do CMN e do BC.Por fim, o secretário defendeu que a proposição conseguiria dar base a um modelo de emissão de moeda digital soberana. Também espera que se consiga um equilíbrio entre as virtudes dos ativos virtuais, como as criptomoedas, e as vantagens da moeda fiduciária.

Para BC, Drex é fundamental para plataforma de pagamentos

Pelo lado do Banco Central, quem falou foi Fábio Araújo, que é coordenador do Drex. Ele afirmou que a entidade vem conversando com órgãos do governo e com os setores financeiro e acadêmico. Segundo ele:

“Apesar de estarmos construindo uma moeda em formato digital, ela é a pedra fundamental de uma plataforma de pagamentos inteligentes, que foca na prestação de serviços financeiros.”

Um marco na modernização do sistema financeiro brasileiro

Quem também esteve presente no debate foi o senador Carlos Portinho (PL-RJ), relator do PLP que autoriza o BC a emitir o Drex.Ele afirmou que a possibilidade de emissão de moeda digital põe o Brasil na vanguarda mundial. Afinal, o país pode aprimorar o combate à sonegação fiscal e à lavagem de dinheiro, bem como contribuir para movimentar a economia:

“Este projeto representa um marco na modernização de nosso sistema financeiro, com profundas implicações para a justiça tributária, a inclusão financeira e a eficiência econômica do nosso país.”

Portinho também destacou o potencial do Drex para a efetivação de contratos inteligentes tokenizados. Isso aumenta a agilidade e a segurança jurídica das operações. O senador exemplificou o processo da seguinte forma:

“Posso vender uma safra de café que ainda não existe, e deixar um contrato inteligente […]: quando eu entregar, a pessoa que pagou o preço lá atrás poderá receber imediatamente. Essa pessoa pode fazer uma cessão do que ela já comprou, tudo tokenizado.”

Febraban espera a mesma transparência do Pix

Quem também falou no debate do senado foi o especialista em aplicações de serviços financeiros na Microsoft, João Aragão.Ele previu que todo o ambiente de operações poderá ser coberto pela chamada criptografia pós-quântica. Portanto, o sistema estaria protegido de eventuais futuros ataques por computação quântica.Por fim, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) esteve presente. O representante da entidade, André Silva Jardim, disse que ela estuda emissões soberanas de moeda desde 2021. Também destacou o papel central do Drex dentro de um “ecossistema” mais amplo de transações.Além disso, Silva Jardim espera que a moeda digital brasileira entre em uso geral com tanta transparência quanto o Pix. Segundo ele:

“Você não precisa saber quais são os meios de pagamento, o que está sendo envolvido quando um Pix sai de um lugar para o outro. Para a sociedade, isso é transparente. A ideia é que o Drex também seja dessa forma, trazendo todos os benefícios.”

Leia mais:

Mais Artigos

Notícias de Bitcoin
Mercado Livre amplia reserva de Bitcoin e compra mais 157 BTCs
Pedro Augusto
Pedro Augusto
2025-05-17 15:00:00
Price Predictions
Mercado cripto: o que esperar para o BTC, ETH, SOL, XRP e ADA
Anderson Mendes
Anderson Mendes
2025-05-16 22:00:00
Crypto News in numbers
editors
Authors List + 66 More
2M+
Usuários Ativos pelo Mundo
250+
Guias e Avaliações
8
Anos no Mercado
70
Equipes Internacionais de Autores