Chineses finalmente poderão ter acesso a stablecoins regulamentadas em Hong Kong
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Acreditamos na total transparência com nossos leitores. Parte do nosso conteúdo inclui links de afiliados, e podemos ganhar uma comissão através dessas parcerias.Uma nova iniciativa em Hong Kong abre caminhos para que residentes da China Continental possam acessar stablecoins de maneira legal. A Flare, uma blockchain de camada 1, e a Red Date Technology, uma empresa de infraestrutura de nuvem descentralizada, anunciaram dois testes em parceria com a empresa de ativos virtuais IDA.
O primeiro teste permitirá que os usuários se registrem anonimamente em um aplicativo regulado de stablecoins, enquanto o segundo facilitará a compra de produtos financeiros tokenizados usando-as.
Esse avanço parece ter chegado em boa hora, já que Hong Kong está prestes a anunciar novas regulamentações para stablecoins. Estas permitirão moedas digitais em blockchains públicas.
Com a introdução deste teste de solução KYC (Conheça Seu Cliente), os residentes da China Continental terão pela primeira vez a oportunidade de possuir legalmente carteiras em blockchains públicas. Além disso, eles poderão realizar transações com stablecoins, como a HKDA, uma stablecoin referenciada ao dólar de Hong Kong emitida pela IDA.
Este projeto está sendo visto como um possível primeiro passo na direção da estratégia de longo prazo da China de integrar a tecnologia blockchain.
Hong Kong testa registro anônimo com sistema blockchain chinês
A China mantém uma postura rigorosa com relação à negociação de criptomoedas por seus residentes, mas isso não impediu que o país investisse pesadamente na tecnologia blockchain.
Embora a negociação de criptoativos seja popular, os projetos apoiados pelo estado geralmente concentram-se mais em casos de uso corporativo e B2B. As blockchains na China tendem a ser permissionadas, em vez de permissionless.
Além disso, os projetos de NFTs, incluindo aqueles lançados por museus locais, devem ser focados apenas em colecionismo, em vez de especulação.
Os testes que estão sendo conduzidos em Hong Kong fazem uso do China Real-Name Decentralized Identifier System (RealDID) para registros anônimos.
Este sistema de identificação baseado em blockchain foi lançado na China em dezembro do ano passado e é administrado pela Rede de Serviço Baseada em Blockchain, que conta com o apoio da Red Date Technology e do Primeiro Instituto de Pesquisa do Ministério da Segurança Pública.
As stablecoins USDT e USDC ainda ficam de fora da novidade
Na China, as regulamentações exigem que os usuários de plataformas digitais façam um registro utilizando seus nomes reais. Contudo, a tecnologia RealDID está mudando esse cenário.
Esse sistema permite que os usuários mantenham seu anonimato diante de empresas e outras plataformas, satisfazendo simultaneamente os requisitos legais de identificação.
Em Hong Kong, o RealDID está facilitando o acesso a stablecoins e outros produtos financeiros baseados em tokens, sem que os usuários precisem fornecer documentos como passaportes ou extratos bancários.
No entanto, é importante notar que stablecoins mais conhecidas, como as emitidas por Tether e Circle, lastreadas em dólar americano, não fazem parte desse novo esquema em Hong Kong.