Bitcoin rompe a barreira dos US$ 100 mil — O que vem a seguir?

O Bitcoin (BTC) atingiu uma marca histórica nas primeiras horas desta quinta-feira (5/12), ao romper a barreira dos US$ 100.000. Durante a madrugada, pelo horário de Brasília, o preço da moeda já havia ultrapassado os US$ 102.000.

O marco dos seis dígitos foi atingido pouco depois do anúncio da indicação de Paul Atkins para presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC). Afinal, essa nomeação é o marco mais importante, até o momento, do que o mercado cripto considera uma virada de chave na regulamentação dos EUA a partir de 2025.

No entanto, o movimento de alta vinha ocorrendo desde a vitória de Trump nas eleições dos EUA. Portanto, é possível que ele se mantenha nas próximas semanas e meses.

Bitcoin a US$ 100 mil era iminente

A quebra da barreira dos US$ 100 mil pelo Bitcoin era iminente, já que uma série de fatores vinham se alinhando perfeitamente para impulsionar o preço. Segundo Greg Magadini, diretor da Amberdata, os catalisadores para o aumento de preço incluem a política tributária em torno das criptomoedas e as conversas sobre reservas estratégicas de BTC.

Além disso, nos últimos meses, ocorreram entradas crescentes em fundos negociados em bolsa (ETFs) de Bitcoin. Nos últimos dias de negociação, houve uma quantidade incrível de entradas nesses fundos. Por exemplo, na semana passada, foram mais de US$ 3,5 bilhões.

Segundo dados da Farside, isso eleva o valor total de entradas em ETFs de Bitcoin para US$ 31,6 bilhões desde que elas surgiram em janeiro deste ano.

Portanto, o anúncio de Paul Atkins, um defensor notório das criptomoedas, para assumir a chefia da SEC, não foi um fator isolado. Na verdade, o BTC se tornou recentemente o sétimo maior ativo do mundo por capitalização de mercado.

O interesse institucional deve se tornar um fator cada vez mais importante. A alta do BTC já levou investidores como MicroStrategy e Metaplanet a anunciar novas compras da moeda. Aliás, a MicroStrategy já detém sozinha 1,5% do fornecimento total do ativo.

Investidores devem lucrar com alta

A quebra da barreira dos US$ 100.000 marca um ponto de virada significativo para investidores, sejam eles de varejo ou institucionais. Segundo Sergey Vasylchuk, CEO da plataforma global de staking de criptomoedas Everstake, a marca de US$ 100.000 representa um nível psicológico em que as pessoas obterão lucros com BTC.

Além disso, ele acredita que a indústria de criptomoedas ainda verá a entrada da Solana (SOL) ou da Ethereum (ETH), o que impulsionará uma alta generalizada das criptomoedas. Joe Flanagan, cofundador da Maple Finance, pensa de forma semelhante. Segundo ele, à medida que o Bitcoin se estabilizar, a atenção mudará para tokens DeFi de primeira linha.

Dennis Porter, CEO e cofundador do Satoshi Action Fund, disse que o BTC a US$ 100 mil do BTC elevará provavelmente o volume de compras no varejo.

Já Tim Enneking, fundador e diretor da Digital Capital Management, afirmou que o Bitcoin acima de US$ 100.000 acaba gerando medo de perder, ou “FOMO”, entre os investidores:

“Quanto mais valioso um único BTC se torna, mais ele terá um efeito significativo sobre os investidores de varejo (…) Além disso, o ativo está mais perto de ser incorporado às reservas de diferentes países.”

Enneking acrescentou que o preço de US$ 100 mil não deve se tornar um suporte permanente para o ativo:

“Se chegarmos a US$ 120.000, podemos até ver o BTC cair novamente para algo em torno de US$ 90 mil.”

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