Bitcoin em queda: suporte de US$ 85.000 será mantido?
O Bitcoin iniciou a semana com força ao romper uma linha de tendência de baixa e alcançar um topo acima de US$ 88.500. No entanto, seu preço recuou levemente desde então.
Agora, o mercado se pergunta: estamos diante de um movimento corretivo saudável ou do início de uma reversão mais profunda?
Bitcoin perde força e pode testar suporte abaixo de US$ 85 mil
O início da semana foi promissor para o mercado, com o Bitcoin e demais criptomoedas apresentando potencial de novas altas. O ativo conseguiu romper uma linha de tendência de baixa que estava em vigor desde 21 de fevereiro. Esse rompimento trouxe otimismo, com expectativas de alta até US$ 92.800, onde está localizado o topo anterior mais relevante.
Contudo, após o rompimento, o BTC apresentou baixa volatilidade e volume reduzido de negociações. Esse comportamento é preocupante, já que volumes baixos dificultam a continuidade de movimentos fortes e sustentáveis.
Historicamente, após um rompimento, é comum o preço retornar para testar a linha rompida. No entanto, esse retorno precisa ser rápido e seguido por um novo impulso de alta. Caso o BTC demore ou perca o suporte atual, a estrutura de alta ficará comprometida.
No gráfico de 4 horas, o suporte na região dos US$ 86.000 é fundamental. Se o ativo perder esse nível, a tendência poderá se tornar de baixa no curto prazo.
Nesse sentido, a média móvel exponencial (EMA) de 9 períodos está prestes a cruzar abaixo da EMA de 21 períodos, o que seria um forte sinal de baixa. Da última vez que esse cruzamento ocorreu, em 14 de março, o Bitcoin caiu quase 5%, testando o suporte de US$ 81.000.
A linha de tendência rompida agora se encontra próxima a US$ 84.000. Um teste nesse ponto também significaria a perda do suporte psicológico dos US$ 85.000, o que pode acelerar novas quedas.
Indicadores técnicos reforçam o cenário de cautela
A análise dos indicadores técnicos no gráfico de 4 horas reforça o cenário de pressão vendedora. O RSI está em queda e já se posiciona abaixo de 50, sinalizando que os vendedores dominam o mercado.
O MACD mostra um cruzamento negativo, o que indica perda de força compradora. Já o ADX, que mede a força da tendência, está próximo de 20 e também em queda, sugerindo que o atual movimento é fraco e instável.
Além disso, o CMF (Chaikin Money Flow) está próximo de zero, refletindo entrada tímida de capital no mercado.
Os dados da Coinglass também mostram que o Exchanges Long/Short Ratio está favorável às posições de venda. Atualmente, o volume das ordens vendedoras supera as de compra em mais de US$ 1 bilhão, o que reforça o viés baixista.
Suporte em US$ 86.190 é crucial para o BTC, diz analista
O analista da Bitget, Rafael Bonventi, destaca que o nível de US$ 86.190 é vital para a continuação da tendência de alta.
“Se esse nível for perdido, o próximo suporte chave está em US$ 83.200, com o fundo de 21 de março sendo a última linha de defesa antes de uma correção maior”, afirmou.
Segundo Bonventi, caso o BTC volte a subir, o nível de US$ 92.000 é o principal alvo a ser rompido. Esse rompimento poderia liberar espaço para uma nova perna de alta no médio prazo, nas palavras do analista.
Em conclusão, o Bitcoin ainda mantém uma estrutura de alta no longo prazo, mas enfrenta um momento delicado no curto prazo, como mostrado pela análise técnica e on-chain.
O suporte em US$ 85.000 é o divisor de águas. Se for mantido, o BTC pode retomar sua trajetória ascendente. Em contrapartida, o mercado pode se preparar para uma correção mais intensa se este nível for perdido.
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