Bitcoin cai para US$ 83.000 com vendas da China – Análise

A fintech brasileira Meliuz ganhou destaque ao confirmar a intenção de incluir Bitcoin em sua estratégia de tesouraria.
A empresa já detém 45 BTC — avaliados em cerca de US$ 4,1 milhões — e planeja aumentar sua exposição com receita operacional e parcerias futuras. Nesse sentido, uma votação entre acionistas em 6 de maio decidirá se a criptomoeda será oficialmente um ativo de reserva de longo prazo.
O anúncio fez as ações da Meliuz (CASH3) subirem 14% no dia. Em cinco dias, a alta foi de 27%, alimentando o otimismo no cenário corporativo de criptoativos na América Latina.
Destaques da aposta da Meliuz em Bitcoin:
- Aquisição de 45 BTC em março com 10% das reservas
- Votação em 6 de maio decidirá sobre ampliar exposição ao BTC
- Ações CASH3 subiram 27% em uma semana
Se aprovada, essa medida representará outro passo importante na adoção institucional do Bitcoin. O movimento lembra a estratégia da MicroStrategy, mas agora focado na região da América Latina.
Nesse sentido, empresas públicas adicionaram mais de 95 mil BTC no primeiro trimestre de 2025, elevando o total global para 688 mil BTC.
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CEO da Ripple prevê Bitcoin a US$ 200 mil e oferece XRP para acordo com a SEC
Enquanto isso, o CEO da Ripple, Brad Garlinghouse, aumentou a confiança do mercado com uma previsão ousada. Para ele, o Bitcoin pode chegar a US$ 200.000 se as reformas regulatórias continuarem a abrir caminho para o interesse institucional.
Em entrevista à Fox Business, Garlinghouse revelou que a Ripple pode encerrar o processo com a SEC usando XRP. O acordo envolveria uma multa revisada de US$ 50 milhões (reduzida dos US$ 125 milhões), paga com o token da própria empresa.
Ele destacou que a maré regulatória está mudando nos EUA. Isso abre espaço para maior legitimidade das criptomoedas e impulsiona a inovação.
Assim, o momento sinaliza um possível rompimento de tendência nos ativos digitais.
Destaques:
- Ripple propõe usar XRP para pagar multa de US$ 50 milhões
- Garlinghouse acredita em Bitcoin a US$ 200 mil
- Interesse institucional volta a crescer
China vende Bitcoin discretamente em meio à pressão econômica
Enquanto o Brasil compra, a China está vendendo. De acordo com a Reuters, vários municípios chineses estão liquidando cerca de 15.000 BTC (avaliados em US$ 1,4 bilhão) por meio de corretoras offshore.
Os ativos foram apreendidos em investigações criminais e agora são vendidos para enfrentar a desaceleração econômica.
Apesar da proibição nacional ao comércio de criptoativos, governos locais parecem acessar suas reservas de Bitcoin para gerar liquidez. Dessa forma, pode testar os limites legais e a tolerância regulatória no país.
Informações importantes:
- A China possui cerca de 194.000 BTC (segunda maior detentora, atrás apenas dos EUA)
- 15.000 BTC estão sendo vendidos neste momento
- As vendas podem pressionar o preço do BTC no curto prazo
Embora essas vendas limitem os ganhos imediatos, elas também reforçam o papel estratégico do Bitcoin. Mesmo em jurisdições altamente reguladas, o BTC surge como ativo de reserva.
Análise técnica
Do ponto de vista técnico, o Bitcoin perdeu o canal de alta e a média de 50 períodos, que estava em US$ 84.020. Atualmente, negocia perto de US$ 83.460, testando zonas de suporte de curto prazo.

Indicadores técnicos:
- RSI: 38,5 — indica fortalecimento do momentum de baixa
- Suportes principais: US$ 82.488 e US$ 81.354
- Resistência imediata: US$ 84.020
A ação de preço do Bitcoin reflete uma disputa entre forças opostas. De um lado, há ventos favoráveis vindos da adoção institucional. Entretanto, há pressões negativas vindas de vendas estatais e incertezas regulatórias.
Com a proposta de acordo da Ripple e a entrada da Meliuz, a tendência de longo prazo segue positiva. No entanto, os traders devem permanecer atentos até que o suporte em US$ 83.000 se consolide.

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