Bitcoin não consegue romper resistência de US$ 64 mil – Altseason vem mesmo?

Nesta quarta-feira (25/09), o Bitcoin mostra sinais de estabilidade após uma recente alta, influenciada por eventos macroeconômicos. A atenção dos investidores está voltada para a recente flexibilização monetária pelo Banco Central da China (PBoC), uma resposta ao corte de juros realizado pelo Federal Reserve (Fed) na semana passada.
Além disso, tudo indica que o Banco do Japão não pretende aumentar a sua taxa de juros, o que também está atraindo a atenção dos investidores.
Apesar dessas notícias, as criptomoedas têm enfrentado uma pressão de venda sempre que o preço do Bitcoin se aproxima da marca de US$ 64 mil.
No que se refere aos ETFs de Bitcoin à vista nas bolsas americanas, houve um saldo líquido positivo de US$ 4,5 milhões no último dia. Especificamente, o ETF FBTC da Fidelity mostrou um forte interesse dos investidores, com um excesso de compras de US$ 24,9 milhões em relação às vendas. Já o IBIT da BlackRock registrou entradas de US$ 11,5 milhões.
Por outro lado, os ETFs de Ether viram um movimento contrário, com um fluxo extremamente negativo, com o ETHE da Grayscale enfrentando saques de US$ 80,6 milhões.
Kamala Harris se pronuncia pela primeira vez a respeito das criptomoedas
André Franco, especialista do Mercado Bitcoin (MB), ressaltou a recente posição da candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, em favor das criptomoedas.
Pela primeira vez, Kamala manifestou intenção de apoiar o setor, mencionando o desejo de fomentar uma “economia de oportunidade” que valorize tecnologias emergentes como a inteligência artificial e as moedas digitais.
Franco destacou que esta é uma novidade na campanha democrata em relação às criptomoedas e enfatizou a importância de acompanhar o que vem a seguir. Contudo, ele observou que o candidato republicano, Donald Trump, ainda parece ter uma abordagem mais definida e favorável para o setor.
Franco também apontou uma certa resistência em relação aos democratas, especialmente devido ao tratamento que os criptoativos receberam dos órgãos reguladores americanos sob a administração Biden.
Gary Gensler, atual presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC), adotou uma postura crítica às criptomoedas, classificando a maioria dos tokens como “valores mobiliários não registrados”.
Gensler, que foi nomeado por Biden, enfrenta críticas e, segundo declarações de Trump, poderá ser destituído do cargo caso o republicano vença as eleições.
Bitcoin enfrenta duas resistências técnicas no momento
Por volta das 10h40, horário de Brasília, o Bitcoin registrava uma alta modesta de 0,2% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 63.444.
Por outro lado, o Ether, a criptomoeda da rede Ethereum, apresentava uma queda de 0,5%, negociada a US$ 2.634, segundo informações do CoinGecko.
O valor de mercado combinado de todas as criptomoedas globais atingiu US$ 2,33 trilhões. Em termos de moeda local, o Bitcoin mostrava uma desvalorização de 1,09%, cotado a R$ 347.745. Já o Ether recuava 1,83%, com valor de R$ 14.440, conforme dados do MB.
Fernando Pereira, analista da Bitget, utilizando análise técnica, observa que o Bitcoin está enfrentando duas resistências significativas no momento. São eles a barreira superior de um longo canal de baixa e o primeiro alvo da projeção de Fibonacci, derivado do último movimento de queda da criptomoeda.
Por fim, segundo ele, há uma tendência maior para o preço recuar, podendo o Bitcoin retornar aos US$ 60 mil.

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