Binance recupera mais de US$ 73 milhões em fundos roubados

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A Binance é, atualmente, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de negociação.
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Flavio Aguilar
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Marta Stephens
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A Binance anunciou a recuperação ou congelamento de mais de US$ 73 milhões em fundos de usuários que teriam sofrido hacks somente este ano.

O valor é relativo a ações realizadas pela equipe de segurança da empresa até 31 de julho deste ano. No entanto, segundo a empresa, esse montante já supera os cerca de US$ 55 milhões que ela conseguiu reaver em todo o ano de 2023.

A Binance é, atualmente, a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de negociação. Além disso, tem um ecossistema de blockchain amplamente utilizado por desenvolvedores e usuários do universo cripto.

Para diretor da Binance, usuários novos são os mais expostos

A Binance alega que tem sido bem-sucedida em ajudar os usuários a recuperar fundos perdidos ou depositados em endereços errados. Também consegue congelar e recuperar fundos ilícitos que chegam à plataforma Binance.

A grande maioria das recuperações e congelamentos de fundos pela equipe de segurança da empresa, cerca de 80%, tem relação com hacks, explorações e roubos. Por outro lado, os 20% restantes provêm de golpes ocorridos fora da plataforma da Binance.

Segundo Jimmy Su, diretor de segurança da exchange:

“O crescimento e a volatilidade do mercado, conforme observado nos últimos meses, geralmente trazem um influxo de novos investidores que podem ser mais suscetíveis a golpes e hacks, e preços elevados durante esses períodos podem resultar em maiores perdas monetárias.”

No entanto, Su afirma que a Binance tem se dedicado bastante à área de segurança, com foco na proteção de seus usuários.

“A Binance cultivou uma cultura focada no usuário de criptomoedas que define todos os aspectos de nossas operações. Essa conquista ressalta nossa dedicação inabalável em proteger não apenas nossos usuários, mas também em melhorar a segurança geral do ecossistema de criptomoedas.”

Além disso, a empresa diz colaborar estreitamente com o setor público para garantir que os usuários recebam a ajuda necessária em casos de fraude.

Resultados não significam uma atividade criminosa maior

O crescimento nos valores recuperados ou congelados pela empresa não seria um indicativo de um aumento da atividade criminosa no setor de criptomoedas.

Pelo menos é isso que alega a Binance, ao revelar seus números mais recentes. Afinal, segundo a corretora, o que ocorre é um desempenho cada vez mais efetivo da empresa na proteção aos clientes.

Jimmy Su destaca a expansão da colaboração com terceiros para melhorar o rastreamento e ter ações mais efetivas nessa área:

“Adotamos uma abordagem proativa e prática para tornar o ecossistema mais seguro. Ao expandir nossa colaboração para incluir mais serviços de terceiros, alcançamos maior cobertura no rastreamento e recuperação de fundos roubados.”

Além disso, segundo o comunicado da empresa, outro fator que ajuda é a natureza inata do blockchain. Afinal, tendo transações públicas e rastreáveis, a Binance consegue rastrear e recuperar fundos com uma facilidade maior.

Aliás, o registro público torna a identificação e o monitoramento de atividades suspeitas especialmente mais efetivo. Segundo Su:

“A tecnologia Blockchain nos oferece uma ferramenta poderosa na coleta de evidências essenciais e na tomada de medidas contra golpistas, abrindo caminho para um ambiente de investimento mais seguro e protegido. Embora seja importante permanecer cauteloso e sempre fazer pesquisas completas, reiteramos que as propriedades exclusivas da tecnologia blockchain estão trabalhando a nosso favor nesta luta contra golpes.”

Casos estão em queda, segundo a Chainalysis

Segundo o Relatório de Crimes Cripto de 2024 da Chainalysis, houve uma queda significativa no valor recebido por endereços ilícitos de criptomoedas em 2023. O valor total ficou em US$ 24,2 bilhões no ano passado. Portanto, bem abaixo dos US$ 39,6 bilhões de 2022.

Além disso, a participação das transações associadas a atividades ilícitas no total de operações com criptomoedas caiu de 0,42% para 0,34% entre 2022 e 2023. Aliás, a conclusão da Binance sobre esses números é de que o setor vem obtendo uma redução dos casos graças a um ganho de eficiência das medidas de segurança.

Sobre a Binance

A Binance é líder global do ecossistema de blockchain. Também é proprietária da maior exchange de criptos do mundo, tanto em volume de negociação quanto na quantidade de usuários registrados.

Aliás, segundo dados da própria Binance, ela tem mais de 210 milhões de usuários em mais de 100 países. A empresa oferece negociação de criptomoedas como produto principal. Mas também tem projetos de educação, pesquisa e na área social. Além disso, atua com pagamentos, serviços institucionais e recursos Web3.

No entanto, a Binance também enfrentou diversos problemas na justiça nos últimos anos. Por exemplo, a empresa tem travado diversas batalhas contra a Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC, da sigla em inglês) devido a questões regulatórias.

No Brasil, também costuma ser alvo de desconfiança da Receita Federal, algo que ocorre com as exchanges de criptomoedas em geral. Aliás, a principal razão seria o uso de corretoras do tipo para fins de evasão fiscal.

Quem explica isso é Andrea Chaves, subsecretária de fiscalização da Receita Federal:

“É uma área que nos preocupa primeiro para entendermos como elas operam aqui, se há alguma ilegalidade ou não. Também estamos preocupados em ter informações sobre a riqueza de brasileiros sujeita à tributação aqui.”

As questões de segurança também costumam estar sempre na pauta da Binance. Afinal, não são raros os casos de hacking contra usuários da plataforma. Por exemplo, em junho, um trader chinês perdeu US$ 1 milhão devido a um plugin comprometido do Chrome, que permitiu ao fraudador acessar a conta da Binance da vítima.

Apesar disso, a empresa mantém uma base sólida de clientes. Além disso, consegue promover campanhas de grande envergadura para atrair novos usuários. Por exemplo, este ano, Cristiano Ronaldo atuou como garoto-propaganda para divulgar sua quarta coleção de tokens não fungíveis (NFTs) em parceria com a Binance.

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