Banco Central relança programa LIFT com foco em criptoativos

BC Blockchain LIFT
Last updated:
Author
Flavio Aguilar
Author Categories
About Author

Last updated:
Por que confiar em nós?

Por mais de uma década, o Cryptonews cobre a indústria de criptomoedas, com o objetivo de fornecer insights informativos aos nossos leitores. Nossos jornalistas e analistas possuem vasta experiência em análise de mercado e tecnologias de blockchain. Nossa equipe se esforça diariamente para manter altos padrões editoriais, focando na precisão factual e na reportagem equilibrada em todas as áreas - desde criptomoedas e projetos de blockchain, até eventos da indústria, produtos e desenvolvimentos tecnológicos. Nossa presença contínua na indústria reflete nosso compromisso em fornecer informações relevantes no mundo em evolução dos ativos digitais. Leia mais sobre o Cryptonews.

Banco Central relança programa LIFT com foco em criptoativos
Imagem – BC

O Banco Central (BC) anunciou, na quarta-feira (10), a retomada das atividades do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT).

Nessa nova fase, o LIFT vai focar quase 100% das ações no mercado de criptoativos. O BC realizou o anúncio em parceria com a Federação Nacional de Associações dos Servidores do Banco Central (Fenasbac).

O LIFT é uma iniciativa do BC e da Fenasbac que funciona como um grande laboratório de inovação. Portanto, seu objetivo é fomentar a inovação no Sistema Financeiro Nacional, incentivando a criação de protótipos de soluções tecnológicas.

Aliás, várias iniciativas apresentadas e desenvolvidas por empresas foram implementadas no Sistema Financeiro Nacional com ajuda do LIFT. Por exemplo, o saque Pix foi uma delas.

Foco no mercado de ativos digitais

No anúncio da retomada das atividades, o Banco Central e a Fenasbac também indicaram que o foco agora estará quase 100% no mercado de ativos digitais.Afinal, entre os temas dos projetos, estão a tecnologia blockchain, as Finanças Descentralizadas (DeFi), carteiras para criptomoedas e token RWA.As entidades também divulgaram uma lista de sete projetos que serão acelerados para impulsionar o ecossistema de inovação financeira:Compliance e PLD Preventivos: soluções tecnológicas para a prevenção à lavagem de dinheiro e compliance.Gateway de Interoperabilidade: solução de interoperabilidade B2B que opera entre redes blockchain que não são compatíveis.GreenFi: Finanças Descentralizadas para a Sustentabilidade, são uma solução que visa criar um ecossistema financeiro descentralizado para ativos verdes tokenizados.KYC para Rating de Crédito em Blockchain: solução que busca desenvolver uma rede descentralizada para avaliação e concessão de crédito, seguindo os princípios do Open Finance.Score Chave PIX: desenvolvimento de uma pontuação para o sistema de pagamentos instantâneos Pix, monitoramento de safe zones e detecção de contas laranjas.SmartSafe: solução de carteira digital programável, segura e intuitiva para o armazenamento de criptoativos.Token do Agronegócio Garantido – TAG: tokenização de ativos para o agronegócio.

Banco Central já investiu mais de R$ 400 milhões

O LIFT foi criado em 2018, mas o Banco Central interrompeu suas atividades em agosto de 2023 por “limitações operacionais e de recursos humanos”.Ao longo desses 6 anos de funcionamento, o laboratório apresentou inovações tecnológicas que geraram impactos expressivos no Sistema Financeiro Nacional.Afinal, foram ao todo 256 propostas de projetos submetidas ao LIFT Lab. Além disso, o BC selecionou 82 projetos para desenvolvimento.Por fim, entre os 68 finalistas, 36% receberam investimentos do setor privado, durante ou logo depois da aceleração. Isso totalizou um montante superior a R$ 400 milhões.

Próximos passos do LIFT

O laboratório é um ambiente virtual colaborativo do Banco Central, reunindo pesquisadores do mundo acadêmico, do mercado, empresas de tecnologia e fintechs.Além disso, a iniciativa conta com o apoio de empresas de tecnologia, como AWS, Cielo, Finansystech, Idwall, Microsoft, Multiledgers, R3 e Veritran.De acordo com o anúncio no site do BC, virão etapas importantes no cronograma do LIFT Lab a partir de julho.Por exemplo, o programa realizará reuniões para acompanhar as entregas dos projetos. O foco é na entrega final (LIFT Day) e no relatório com publicação dos artigos (LIFT Papers).

Anúncio do LIFT vem na esteira do Drex

Muitos dos temas dos projetos que o LIFT ajudará a desenvolver este ano têm relação direta com o DREX. Aliás, a moeda digital que vem sendo criada pelo Banco Central está atualmente na sua fase 2 de testes.Além disso, recentemente, o BC explicou que vem estudando a criação de um grande ecossistema de investimento. Isso aconteceria por meio de 4 frentes de atuação: mercado de capitais, sustentabilidade, wallet e pagamentos offline.De acordo com a Gerente Executiva do BC, Dione Mary N. Souza Cordioli, a instituição está se preparando para o Drex. Além disso, o BC vem realizando vários testes com a premissa do banco para a construção deste ecossistema com a CBDC nacional.

Quais os projetos em cada frente de atuação?

Atualmente, há vários projetos em estudo dentro das quatro frentes de atuação.Por exemplo, no mercado de capitais, o Banco Central estuda habilitar os contratos inteligentes do Drex para a tokenização de debêntures, recebíveis (para investimentos e crédito), commodities do agronegócio, entre outros.Além disso, quanto à sustentabilidade, a proposta é a tokenização de créditos de carbono, com registro em blockchain, comercialização e monitoramento da jornada.Quanto às wallets, Cordioli explica que:

“Outra frente importante é o meio de pagamento, onde estamos desenvolvendo wallets para facilitar a transferência de valores. O objetivo é permitir que o cliente tenha sua wallet dentro do banco, contendo todos os seus ativos digitais, e que possa utilizá-los como meio de pagamento.”

Por fim, Cordioli falou sobre a quarta frente de atuação, a de pagamentos offline. Segundo ela, um dos projetos em fase de testes é um cartão pré-pago utilizando o Drex. Os usuários poderiam carregar e utilizar o cartão sem a necessidade de conexão com a internet.Portanto, o uso do cartão pré-pago eliminaria a necessidade de carregar o celular ou carteira. Afinal, “o usuário pode carregar o cartão com antecedência e usá-lo de forma segura e conveniente, em shows ou eventos”, explicou Cordioli.Aliás, para ela, esse cartão pré-pago facilitaria a inclusão financeira de várias comunidades. Além disso, permitiria uma maior socialização e acesso a serviços financeiros. Segundo a executiva:

“Isso é especialmente útil em áreas do país e comunidades que não têm acesso à internet. É uma forma de permitir que essa população tenha acesso a um meio de pagamento eficiente.”

Leia mais:

Mais Artigos

Notícias de Blockchain
Bitybank fecha parceria com a Circle para uso de stablecoins
Cassio Gusson
Cassio Gusson
2025-02-11 21:17:00
Notícias de DeFi
Worldcoin suspende operações no Brasil após decisão da ANPD
Cassio Gusson
Cassio Gusson
2025-02-11 20:32:00
Crypto News in numbers
editors
Authors List + 66 More
2M+
Usuários Ativos pelo Mundo
250+
Guias e Avaliações
8
Anos no Mercado
70
Equipes Internacionais de Autores