América Latina em destaque – Bitfarms pretende explorar a mineração de BTC no Paraguai 

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Por ser uma empresa com capital aberto, a Bitfarms tem acionistas de todas as partes do mundo.
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A Bitfarms, empresa especializada em minerar BTC, firmou um acordo para hospedar seus equipamentos em Yguzu, no Paraguai. As operações devem começar ainda neste ano.

A mineração de BTC é uma das atividades mais procuradas do mercado. Antes, a atividade era explorada por aventureiros, empenhados em conseguir alguns tokens. Algumas das maiores empresas do setor, por outro lado, passaram a ver uma possibilidade de obter bons rendimentos com a mineração.

Países com infraestrutura e menores custos operacionais estão sempre no radar dessas empresas. Isso porque se trata de uma atividade que requer a disponibilidade de recursos naturais. Em regra, os equipamentos de mineração consomem muita energia. Portanto, alocar os equipamentos em países com muitos recursos naturais é uma estratégia para diminuir os custos.

Esse é justamente o caso dos países da América Latina, como o Paraguai, por exemplo.

Com a parceria com a Stronghold, a Bitfarms foca na expansão das atividades da empresa

A empresa firmou um acordo com a Stronghold Digital Mining para possibilitar as operações. Inicialmente, a ideia era implementar as operações apenas em dezembro. No entanto, a Stronghold ofereceu mais 2,2 exhashes por segundo (EH/s) ainda para outubro. Por esse motivo, a mineração no Paraguai deve começar dois meses antes.

Mas não é só isso, a empresa ainda colocará equipamentos de ponta na operação. Além de uma moderna instalação no país sul-americano, a empresa ainda irá colocar mais máquinas na Pensilvânia. Cerca de 10 mil mineradores Bitman T21 devem começar a funcionar já no dia primeiro de outubro.

Isso faz parte do projeto de expansão da Bitfarms. Segundo o CEO, Ben Gagnon, o objetivo é diversificar as operações da empresa e dominar o mercado. Para ele, a missão da corporação é fornecer acesso à oportunidade de negociação e de energia. Para tanto, procurar empresas como a Stronghold e países com energia mais barata garante que os acionistas possam obter maiores retornos e que o investimento mantenha-se lucrativo por mais tempo.

A parceria entre as empresas também chamou a atenção pelo valor das transações. A Bitfarms repassará uma taxa de 50% dos lucros para a Stronghold. Além disso, o contrato de hospedagem entre elas não tem prazo para acabar. Ele será renovado anualmente até que uma das empresas decida encerrar a parceria.

Empresas acionistas da Bitfarms não são favoráveis à parceria com a Stronghold

Por ser uma empresa com capital aberto, a Bitfarms tem acionistas de todas as partes do mundo. Casos como esse são comuns no mercado. Em situações tais, algumas empresas de tecnologia apostam no potencial de outras corporações e se tornam acionistas. Esse é o caso da Riot Plataforms, detentora do maior número de ações da Bitfarms no momento.

A empresa não se mostrou satisfeita com a decisão da Bitfarms. A principal crítica está no valor do acordo firmado com a Stronghold. A insatisfação dos acionistas cresceu depois que o Comitê Especial da corporação remarcou uma reunião que deveria ter ocorrido no dia 29 de outubro. Os argumentos para o adiamento foram a necessidade de mais tempo para analisar os questionamentos dos acionistas. Agora, a reunião de sócios está prevista para acontecer apenas em novembro.

Depois disso, a Riot Plataforms emitiu uma carta aberta aos acionistas. No documento divulgado no último dia 03 de setembro, houve pedido de mudanças no conselho de diretores da empresa. Isso porque a Riot entende que a Bitfarms está quebrada e agindo de maneira irresponsável.

Na carta, os dirigentes da empresa ainda se propuseram a eleger dois novos membros independentes para o conselho. Isso depois de alertar os investidores sobre a situação com a Stronghold. Segundo a carta, o acordo não foi feito visando o futuro da empresa, apenas “projetado para consolidar” o conselho administrativo da Bitfarms.

Além disso, o conselho da Riot acredita que o acordo com a Stronghold é “diluidor” do valor da empresa. Isso porque, segundo eles, não havia nenhuma empresa disposta a comprar a Stronghold pelo preço oferecido no acordo. Isso faz com que as projeções da Bitfarms possam cair assim que os planos entrem em ação.

A direção da empresa respondeu ao conselho da Riot Plataforms

Aumentando os rumores de instabilidade com os principais acionistas, a Bitfarms respondeu ao conselho da Riot por meio de comunicado oficial. Segundo a empresa, a Riot está usando o acordo para promover seus próprios interesses. Tanto que propôs uma mudança no conselho usando as mudanças como solução para o problema sugerido em sua comunicação.

Os dirigentes não negaram que a empresa está passando por dificuldades financeiras. Por isso, defendem que o acordo com a Stronghold Digital Mining é a melhor decisão no momento. Isso porque a expansão tem potencial para reequilibrar o portfólio de energia da empresa. Além disso, descentralizar as atividades pode gerar mais lucros, uma vez que neste momento as operações são realizadas apenas nos Estados Unidos.

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