97% das meme coins lançadas já morreram, diz estudo

A firma de análises Chainplay divulgou, na quarta-feira (07/08) o relatório “State of Memecoin 2024” (Estado das Meme Coins em 2024). Segundo o levantamento, 2.020 projetos de meme coins morrem por mês, em média. Essa taxa de extinção ultrapassa a de criação de novos projetos.

Além disso, no total, 97% das meme coins lançadas já morreram até este ano. Portanto, segundo o relatório, os resultados da pesquisa ressaltam a “natureza precária” do investimento em meme coins:

“A vida útil média de uma meme coin é de apenas um ano, o que é apenas um terço da vida útil de um projeto de criptomoeda médio. Essa rápida rotatividade ressalta a natureza especulativa e frequentemente de curta duração das moedas meme, tornando-as uma escolha de investimento arriscada.”

No entanto, apesar do risco, as meme coins continuam sendo um investimento popular. Afinal, 60% dos investidores em moedas de meme as veem como um investimento de curto prazo, segundo o estudo.

Base é a rede em que mais morrem meme coins

O estudo também explica os critérios usados para considerar que uma meme coin deixou de existir. Por exemplo, leva em conta cenários em que a capitalização de mercado está abaixo de US$ 1 mil e o pool de liquidez ficou abaixo de 50.000. Além disso, considera se o site está fora do ar e a conta do X ficou inativa.

Além disso, segundo o relatório, a Base é a plataforma na qual mais moedas de meme morrem, com 66,91% de taxa de morte. A Base é uma segunda camada do Ethereum desenvolvida pela corretora Coinbase. Em seguida, vem a rede Solana, com uma taxa de 54,03%. Por fim, a Ethereum tem uma taxa de morte de meme coins de 36,59%.

Como explica o relatório, esses dados mostram que a instabilidade prevalece em várias plataformas, mesmo que algumas delas sejam mais propensas a taxas de falha maiores.

Metade das meme coins é maliciosa

O relatório também mostra como esse mercado é severamente afetado por atividades fraudulentas. Afinal, 55.24% de todas as meme coins foram consideradas maliciosas, segundo o estudo. Aliás, a Base também é a plataforma com a taxa mais alta de moedas meme maliciosas, com 59,15%. Em seguida, vêm Ethereum, com 55,59%, e Solana, com 51,87%.

Por fim, 28% dos investidores já relataram alguma perda devido a meme coins fraudulentas. Portanto, segundo o relatório, existe uma “necessidade crítica de diligência prévia [due diligence]” no mercado. Esse é um processo de investigação de uma oportunidade de negócios que o investidor deve aceitar para avaliar os riscos de uma transação.

Portanto, o estudo defende a importância de pesquisas rigorosas para o mercado de moedas meme. Por exemplo, os relatórios de auditoria se provaram eficazes. Afinal, 81% deles conseguem prever corretamente se uma meme coin acabará sendo um golpe.

Maioria dos investidores considera memeccoins dispensáveis

Apesar dos riscos e da alta volatilidade, as meme coins estão firmemente estabelecidas em muitos portfólios de investidores. Afinal, dois terços dos investidores cripto já investiram em meme coins. Portanto, segundo o relatório:

“Essa adoção generalizada indica uma crença substancial no potencial de altos retornos, apesar dos riscos conhecidos.”

No entanto, a percepção sobre a meme coin varia significativamente de acordo com diferentes grupos de investidores. Por exemplo, 54% de todos os investidores em meme coin não as consideram essencial para seus portfólios.

Por outro lado, 58% dos novos investidores (quase 6 em cada 10) veem esse criptoativo como crucial. O estudo considera investidores “novos” aqueles que estão no mercado há menos de seis meses.

Enquanto isso, apenas um terço dos investidores no mercado há mais de um ano vê as meme coins como indispensáveis. Por fim, a posição da mídia sobre as memecoins é predominantemente cautelosa. Afinal, apenas 13,77% das notícias sobre elas são otimistas, o que reflete um ceticismo generalizado, segundo o estudo.

Metodologia do estudo

Segundo o relatório, o estudo focou em três plataformas de blockchain: Solana, Ethereum e Base.

Além disso, teve como objeto uma lista de 30 mil criptomoedas do Dexscreener. Quanto à identificação de meme coins maliciosas, o estudo referenciou estatísticas no Dextool.

A Chainplay usou três métricas: liquidez bloqueada, contrato verificado e pote de ouro. Portanto, ao falhar em qualquer uma dessas métricas, a meme coin foi considerada maliciosa.

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