Investidores cripto tendem a ter traços “sombrios”, segundo estudo

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Flavio Aguilar
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Possuir criptomoedas pode ter relação com traços de personalidade “sombrios”, como narcisismo, maquiavelismo, psicopatia e sadismo. Pelo menos é isso que aponta um estudo acadêmico recente.Além disso, o estudo dos autores Shane Littrell, Casey Klofstad e Joseph E. Uscinski sugere uma ligação entre o hábito de investir em criptomoedas e certos grupos demográficos.O estudo também revelou que os investidores cripto tendem a ser do sexo masculino e gostam de redes sociais alternativas.Por fim, mostrou que esse grupo costuma acreditar em teorias da conspiração e sente que o sistema os trata de forma injusta.Os pesquisadores que conduziram o estudo têm formação em ciência política.

Estudo liga investimentos em criptomoedas à desconfiança social

O estudo da Universidade de Miami pesquisou mais de 2.000 adultos americanos para entender o nível de interesse por criptomoedas. Aproximadamente um terço admitiu possuir ou já ter possuído criptomoedas.Em seguida, os pesquisadores analisaram dados demográficos, opiniões políticas, traços de personalidade e hábitos nas redes sociais para identificar fatores que influenciam o investimento em criptomoedas.Então, o estudo revelou que esses investidores costumam ter uma renda ligeiramente mais elevada. Também compartilham um sentimento de terem recebido um destino ruim na vida, além de desconfiar das fontes de notícias tradicionais.Em vez disso, eles confiam em plataformas como Telegram, YouTube, Reddit, Twitter e blogs para obter notícias sobre política, questões sociais e eventos atuais, em geral.Por fim, os pesquisadores descobriram que esses investidores frequentemente se envolvem em discussões acaloradas e não gostam de controle centralizado. Eles valorizam o debate aberto e resistem a serem ditados sobre o que fazer.

Perfil de investidores vai além da polarização esquerda-direita

As descobertas do estudo sugerem muitas direções para pesquisas futuras sobre os indivíduos que compram e negociam criptomoedas. Afinal, elas refletem tendências globais mais amplas em relação a atitudes antiestablishment e a comportamentos não convencionais.Por exemplo, o estudo destacou que a posse de criptomoedas está associada a comportamentos como o vício em jogo. Por outro lado, eventuais associações com outras tendências potencialmente negativas, como impulsividade, paranoia e diversas formas de agressão ainda são desconhecidas.O estudo relacionou a posse de criptomoedas a uma probabilidade maior de apoiar grupos extremistas e alinhar-se com ideias populistas.Apesar disso, quem possui criptomoedas também pode ter identidades políticas diversas, que não se encaixam em categorias simples de esquerda ou direita. Portanto, a descoberta desafia o senso comum de que as criptomoedas são exclusivamente associadas a crenças da extrema-direita.

Investidores cripto brasileiros têm em média 28 anos

Ainda falta a realização de um estudo como o da Universidade de Miami que tenha como alvo os investidores brasileiros em criptomoedas. No entanto, alguns dados já ajudaram a traçar características básicas desses indivíduos no país.Por exemplo, segundo números da Accenture divulgados em 2023, os investidores cripto brasileiros têm em média 28 anos. Além disso, pertencem majoritariamente às classes A e B. Portanto, têm um poder aquisitivo acima da média do país.Já o valor médio que eles investem em criptomoedas fica em torno de R$ 45 mil.Para efeito de comparação, segundo o mesmo levantamento, os investidores de ações têm em média 38 anos e investem em média R$ 105 mil. No entanto, eles também pertencem às classes A e B.Isso indica que são principalmente os indivíduos mais jovens que consideram que vale a pena investir em criptomoedas. Por outro lado, elas podem ser uma porta de entrada para outras formas de investimentos.

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