Taxa de juros (Selic) sobe 0,5 ponto percentual e atinge 11,25% ao ano

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Esse aumento da taxa de juros era esperado pelo mercado financeiro, que já antecipava uma intensificação do aperto monetário.
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Pedro Augusto
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Marta Stephens
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O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) elevou a taxa básica de juros, a Selic, em 0,50 ponto percentual, alcançando agora 11,25% ao ano. Essa decisão, anunciada nesta quarta-feira (06/11), era esperada pelo mercado financeiro, que já antecipava uma intensificação do aperto monetário para combater a inflação.

Em seu comunicado, o Copom não definiu um plano claro para as futuras reuniões, indicando que os próximos passos dependerão do comportamento da inflação e do compromisso com a meta estabelecida.

O ritmo de ajustes futuros na taxa de juros e a magnitude total do ciclo de aperto monetário serão ditados pelo firme compromisso de convergência da inflação à meta e dependerão da evolução da dinâmica da inflação, destacou o documento.

Além disso, o Copom mencionou que o cenário internacional continua sendo uma fonte de incertezas, especialmente devido à situação econômica nos Estados Unidos. Em suma, os EUA influenciam as expectativas de desaceleração econômica e desinflação global.

Isso, por sua vez, afeta as previsões sobre as futuras ações do Federal Reserve (Fed), o banco central norte-americano.

A decisão de aumentar a Selic foi unânime entre os nove membros do comitê, refletindo um consenso sobre a necessidade de manter a inflação sob controle no Brasil.

Copom alerta para riscos inflacionários e impacto da política fiscal

O Copom também sinalizou que o cenário econômico brasileiro exige certa atenção, dada a conjuntura desafiadora tanto no cenário interno quanto no externo. Os indicadores de atividade econômica, mercado de trabalho, inflação e questões fiscais estão no foco das preocupações.

No seu último comunicado, o Copom enumerou vários fatores de risco que podem pressionar a inflação para cima. Dentre eles, destacam-se a:

  • possibilidade de as expectativas de inflação permanecerem desancoradas por um tempo mais longo que o esperado;
  • a persistência de uma inflação de serviços acima das projeções devido a um hiato do produto mais apertado;
  • o impacto de políticas econômicas internacionais e domésticas;
  • e uma depreciação mais acentuada da taxa de câmbio.

Por outro lado, o Copom também aponta para riscos que podem levar a uma queda na inflação. Estes incluem uma desaceleração mais intensa da atividade econômica mundial e efeitos mais fortes do que o antecipado do aperto monetário global na desinflação.

Além disso, o comunicado destacou a relevância das percepções dos agentes econômicos sobre a política fiscal brasileira.

Eles observaram que estas percepções têm impactado significativamente os preços dos ativos financeiros e as expectativas de mercado, particularmente em relação ao prêmio de risco e à taxa de câmbio.

Sobretudo, a credibilidade e o comprometimento com uma política fiscal são vistos como essenciais para ancorar as expectativas de inflação e reduzir o prêmio de risco.

Novos aumentos na taxa de juros são possíveis

Como mencionado, a recente elevação da taxa Selic em 0,50 ponto percentual já era uma medida esperada pelo mercado financeiro.

Rafaela Vitória, economista-chefe do Inter, interpreta que o Copom sinalizou a possibilidade de novos aumentos na taxa básica de juros nesse ciclo econômico. No entanto, a autoridade manteve em aberto tanto o ritmo quanto a extensão desses futuros ajustes.

Segundo ela, o balanço de riscos atualmente apresenta uma tendência de alta, impulsionada por um mercado de trabalho robusto e um hiato do produto positivo. Vitória aponta ainda que o Copom agora desconsidera uma desaceleração econômica antecipada que seria provocada pelo maior aperto monetário, principalmente através da redução na oferta de crédito.

Ela destaca que o nível atual dos juros reais é bastante restritivo, e a defasagem desse efeito monetário deverá impactar na desaceleração da atividade econômica nos próximos meses.

Marcelo Bolzan, estrategista de investimentos e sócio da The Hill Capital, ressaltou a unanimidade da decisão do Copom, um aspecto que o mercado geralmente recebe bem.

Bolzan comentou que o comunicado desta reunião manteve muitas semelhanças com o anterior. Por fim, ele apontou para um cenário econômico mais desafiador, tanto no âmbito externo quanto interno.

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