Porta-voz da FACE não vê vantagens em ETFs de BTC em Portugal

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Para Hugo Volz de Oliveira, da Federação Portuguesa de Associações de Cripto Economia (FACE), tributos sobre ETFs são fator negativo.
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Porta-voz da FACE não vê vantagens em ETFs de BTC em Portugal

Em entrevista ao canal NOW de Portugal, Hugo Volz de Oliveira, porta-voz da Federação Portuguesa de Associações de Cripto Economia (FACE), descartou possíveis vantagens nos ETFs de BTC. Pelo menos, para os investidores locais.

Segundo Oliveira, isso se deve à maneira como esses fundos são taxados em Portugal. Afinal, um ETF tem a mesma classificação de outros produtos financeiros tradicionais no país. Portanto, os portugueses pagam 28% sobre eventuais ganhos na forma de imposto de renda.

Não existem produtos do tipo em Portugal. Mas os investidores podem recorrer aos ETFs disponíveis nos EUA, por exemplo. No início de 2024, o país da América do Norte aprovou seus 11 primeiros ETFs com exposição ao preço do Bitcoin.

No entanto, para o representante da FACE, recorrer aos fundos norte-americanos não traria vantagens, salvo casos específicos.

ETFs são “produto financeiro normal” em Portugal

Ao comentar sobre os benefícios de investir em ETFs de Bitcoin em Portugal, Oliveira chamou a atenção para a forma como o produto é classificado no país.

De acordo com ele, os investidores devem pagar 28% sobre eventuais ganhos com esse tipo de fundo, já que ele tem a mesma classificação de outros produtos financeiros. Nesse cenário, segundo Oliveira:

“Existem muito poucas vantagens, quase podemos dizer que não existe nenhuma. A não ser, talvez, para uma empresa, para facilitar a forma como a empresa depois contabiliza a sua exposição ao criptoativo.”

Em dezembro, o Jornal de Negócios noticiou que vem aumentando a procura dos portugueses por ETFs. No entanto, como não existe esse tipo de fundo em Portugal, os investidores locais costumam usar intermediários financeiros para ir atrás de opções em outros países — e os ETFs dos EUA são o maior destaque nesse sentido.

Portas abertas para uma “nova classe de investidores”

O porta-voz da FACE também respondeu se a aprovação dos ETF teria trazido mais credibilidade ao Bitcoin no mercado financeiro.

Segundo ele, o BTC já estava em uma “fase de maturidade muito avançada”. Aliás, teria sido por isso que o produto acabou sendo aprovado após anos de insistência por parte de instituições financeiras americanas.

No entanto, para Oliveira, o novo produto abriu as portas a “toda uma nova classe de investidores”. Segundo ele, essa categoria inclui principalmente quem tinha interesse no ativo, mas não estava disposta a entrar nos “meandros da criptoeconomia”.

Por isso, com a chegada ao mercado de produtos de varejo mais acessíveis, com a garantia de instituições financeiras tradicionais, acabou ocorrendo uma nova abertura de mercado. Para o representante da FACE, isso também explica o aumento do preço do BTC em 2024.

ETFs completam um ano nos EUA

Os ETFs de Bitcoin completaram um ano de vida nos EUA nesta sexta-feira (10/1). Afinal, a aprovação dos fundos ocorreu no dia 10 de janeiro de 2024, por meio de Gary Gensler, que era o presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) na época.

Desde então, esse instrumento financeiro vem sendo amplamente considerado um dos fatores que levaram a uma valorização do BTC ao longo do ano passado. No entanto, a eleição de Donald Trump para a presidência dos EUA, em novembro, acabou sendo mais um fator a impulsionar o mercado cripto.

Após a aprovação dos ETFs de BTC, a SEC aprovou também ETFs de ETH. Além disso, existe hoje a expectativa de que surjam fundos semelhantes de XRP e Solana em um futuro próximo.

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