Criptomoedas disparam e se destacam com a alta do dólar

O dólar atingiu um novo recorde de R$ 6,20 na última terça-feira (17/12). Após este feito, a moeda dos Estados Unidos recuou, fechando o dia negociada a R$ 6,09.
A principal razão para este movimento é a incerteza do mercado em relação ao pacote fiscal proposto pelo governo federal, que deve ser votado no Congresso Nacional em breve.
Apesar de a disparada ser um sinal de pessimismo em relação à economia brasileira, ela acabou trazendo alegria para os investidores e entusiastas cripto locais. Isso porque as principais criptomoedas, que já estão em tendência de alta, geraram ainda mais lucros para os seus detentores.
Atratividade das criptomoedas aumenta com o dólar
A alta do dólar impacta diretamente o mercado cripto brasileiro, já que as criptomoedas são cotadas globalmente em moeda americana. Com a valorização do dólar, os preços dos ativos digitais em reais também aumentam, refletindo essa alta cambial.
Embora a valorização da moeda dos EUA torne as novas compras de criptomoedas mais caras, ela beneficia os investidores que já possuem ativos no setor, valorizando seus investimentos em reais.
Além disso, esse movimento tende a aumentar a demanda no mercado, já que mais pessoas passam a enxergar as principais criptomoedas como reservas de valor e formas de proteção contra a constante desvalorização do real.
Por fim, o mercado cripto também se torna atrativo para aqueles que desejam investir no dólar em si. Isso porque, de forma simples e rápida, é possível alocar capital em diversas stablecoins que são lastreadas na moeda estadunidense, como o USDT e USDC.
Bitcoin renova máxima histórica
O Bitcoin é um grande exemplo de como a alta do dólar beneficia os investidores cripto no Brasil. A maior criptomoeda do mundo, que registrou inúmeros preços recordes este ano, renovou novamente a sua ATH nesta terça-feira.
No fechamento da matéria, a máxima histórica do BTC estava fixada em US$ 108.135, segundo o CoinGecko. Para realizar este feito, o ativo precisou subir 2% no mercado global ao longo do dia.
Nesse sentido, os detentores que preferem operar a criptomoeda no par real tiveram ainda mais vantagem. Somada à alta do dólar, o BTC subiu mais de 3% no par BRL, chegando a um novo preço recorde acima de US$ 670 mil.
No início do ano, o Bitcoin era negociado pouco acima de US$ 204 mil, com o seu preço tendo subido cerca de 220% desde então.

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