Boletim Focus prevê PIB, IPCA, Selic e dólar mais altos em 2025

Brasil PIB
A edição mais recente do Boletim Focus traz uma nova revisão para cima do PIB, mas também expressa desconfiança sobre a situação fiscal.
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Flavio Aguilar
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Marta Stephens
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BC reúne propostas para regulamentação de mercado de criptomoedas

O Banco Central (BC) divulgou nesta segunda-feira (25/11) a nova edição do Boletim Focus. E o relatório trouxe uma série de previsões importantes sobre a economia brasileira.

A boa notícia é que o mercado agora projeta um Produto Interno Bruto (PIB) mais alto para 2025. A má notícia é que a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) também será maior. Além disso, subiu a previsão relativa à Taxa Selic e à cotação do dólar frente ao real.

Os dados indicam que o mercado mantém o ceticismo em relação aos próximos passos do governo nessa área. Portanto, a discussão sobre o ajuste fiscal, que se arrasta há algumas semanas, ainda não foi capaz de gerar efeitos positivos sobre a expectativa dos agentes econômicos.

O Boletim Focus reúne prognósticos sobre diferentes aspectos da economia, com base em entrevistas com analistas do mercado financeiro.

PIB mais alto em 2024 e 2025

Uma das notícias positivas da edição mais recente do Boletim Focus é a previsão de um PIB mais elevado tanto em 2024 quanto em 2025.

Para 2024, a mediana das projeções passou de +3,10% para +3,17%. Já a mudança para 2025 foi ainda menor, com a expectativa passando de um aumento de +1,94% para +1,95% no PIB no próximo ano. Por outro lado, as projeções para 2026 e 2027 permaneceram as mesmas: +2% em ambos os casos.

O aumento nas projeções para o PIB em 2024 e 2025 segue um padrão que se repete desde o início do atual governo Lula. Afinal, o mercado tem errado constantemente para baixo suas previsões a respeito do crescimento econômico do país.

Por exemplo, no primeiro Boletim Focus do ano, a expectativa era de um crescimento de +1,5% no PIB brasileiro em 2024. Portanto, a previsão atualizada indica um desempenho mais de 2x superior ao projetado no dia 4 de janeiro.

Por outro lado, o próprio governo vem precisando atualizar suas previsões a respeito do PIB. Recentemente, o Ministério da Fazenda passou de +3,2% para +3,3% a projeção do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE).

Portanto, não seria uma surpresa se o resultado final acabasse ficando acima até mesmo das projeções atuais, mesmo que falte pouco mais de um mês para o final de 2024.

Previsão de inflação ronda o teto da meta

No entanto, nem tudo são flores para o governo. Pelo contrário, o foco de boa parte do mercado financeiro vem sendo a preocupação com a inflação. E o Boletim Focus desta segunda-feira acabou trazendo sinalizações mistas a esse respeito.

Afinal, a expectativa para a variação dos preços medidos pelo IPCA em 2024 oscilou levemente para baixo, passando de +4,64% para +4,63%. Essa é uma boa notícia, pois representa a primeira queda após sete semanas seguidas de alta.

Por outro lado, a projeção para 2025 subiu de +4,12% para +4,34%. Além disso, a previsão da inflação para 2024, mesmo em queda, continua acima do teto da meta, que é de +4.50%. Ou seja, o governo ainda está “nas cordas” em relação aos dados da inflação, o que tem levado a pressões por cortes no orçamento.

Atualmente, a equipe econômica trabalha em um pacote de ajuste fiscal com o objetivo de sanar as contas públicas. No entanto, o tema se arrasta há algumas semanas sem anúncio oficial de medidas do Ministério da Fazenda.

Recentemente, surgiram informações sobre um possível corte de R$ 70 bilhões no orçamento. No entanto, ainda há dúvidas sobre as áreas que serão afetadas. Além disso, qualquer ajuste deverá passar por negociações com o Congresso, que ficará responsável por aprovar muitas das propostas do governo visando sanar as contas.

Atualmente, o aumento do PIB tem ocorrido, em grande parte, devido a estímulos do governo pelo lado fiscal. Um exemplo disso são os reajustes do salário mínimo acima da inflação, assim como investimentos em diferentes áreas. Afinal, medidas como essas colocam mais dinheiro para circular na economia.

No entanto, mesmo com o aumento da arrecadação nos últimos meses, o governo vê suas contas se deteriorarem. E isso compromete o cumprimento do arcabouço fiscal.

Previsão de Taxa Selic maior em 2025

Um dos efeitos do aumento dos preços é a resposta do BC via elevação dos juros. Com 2024 perto do fim, a projeção referente à Taxa Selic ao final do ano se manteve igual no Boletim Focus: 11,75%.

No entanto, para 2025, já subiu a previsão referente à taxa de juros. Há uma semana, o mercado esperava que a Selic ficasse em 12,00% ao fim do próximo ano. Agora, já espera que ela cresça até 12,25%.

Portanto, a expectativa é de que o BC acabe elevando mais a taxa de juros como resposta a uma inflação acima do que se esperava para 2025. Isso deve ocorrer em um contexto de crescimento menor do PIB, caso o mercado acerte sua previsão para o próximo ano.

A discussão sobre a Selic a partir de 2025 terá um componente especial. Afinal, o próximo ano marca o fim do mandato do atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que havia sido indicado por Jair Bolsonaro. O próximo a ocupar o cargo será Gabriel Galípolo, economista indicado por Lula.

Apesar disso, é difícil imaginar que Galípolo venha a se tornar colaborativo com a visão de política econômica do governo Lula. Afinal, sua reputação estará em jogo. No entanto, ao assumir a presidência do BC, ele pode impor desafios ao discurso do presidente e de sua equipe econômica, caso siga uma gestão semelhante à de Campos Neto.

Nos dois primeiros anos do governo Lula, o atual presidente do BC foi um alvo constante das críticas do governo. Agora, resta saber como será a relação com seu sucessor.

Resultado primário e dívida pública ainda preocupam

A questão fiscal foi mais uma vez o foco do relatório, devido às preocupações com as contas públicas. Por isso, os números do resultado primário e da dívida pública receberam atenção especial.

A projeção para o resultado primário para 2024 passou de -0,60% para -0,50% do PIB. Por outro lado, a estimativa para 2025 continuou em -0,70% do PIB. Esses números apontam uma maior estabilidade das previsões, talvez impactadas pelas notícias que apontam para um possível pacote de ajuste fiscal no valor de R$ 70 bilhões.

A estimativa para a dívida líquida do setor público também caiu para 2024, saindo de 63,50% para 63,45% do PIB. Por outro lado, a previsão para 2025 passou de 66,65% para 66,83%, o que reflete a expectativa de um PIB menor no próximo ano.

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