Prefeitura de SP utilizará o metaverso para criar uma “cidade futurista”
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Realizou-se uma coletiva de imprensa para anunciar o projeto. Nela, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) ressaltou que o MetaversoSP é parte de uma visão de transformar São Paulo em uma “cidade futurista”. Ele explicou que o projeto visa aumentar a interatividade e o engajamento com os serviços oferecidos pela prefeitura, apresentando o que a cidade tem a oferecer.
O objetivo é despertar o interesse dos cidadãos tanto para visitações presenciais quanto para o uso dos serviços municipais, reforçando o sentimento de pertencimento à cidade.
Uma cópia da Catedral da Sé, localizada no Centro de São Paulo, já está no metaverso
Na visão de Nunes, o metaverso combina tecnologia com a vida real e funciona como uma ferramenta para dialogar com o público jovem. Ele destacou que o principal objetivo da iniciativa é fomentar um conhecimento aprofundado sobre a cidade. Nunes também ressaltou que a iniciativa posiciona São Paulo como uma referência na adoção do metaverso, apesar de ser uma tecnologia emergente.
A empresa responsável pela organização do evento NFT.Brasil, que ocorrerá em nova edição em 2024, conduzirá o desenvolvimento do MetaversoSP. A iniciativa já contava com um metaverso no ano anterior, mas o projeto atualizou para incluir elementos de gamificação, visando ampliar o engajamento dos usuários e introduzir um componente educacional sobre o mundo Web3.
A ideia é que a representação virtual de São Paulo integre-se ao metaverso geral do evento. Além disso, já se criou uma réplica da Catedral da Sé, situada no centro da cidade. Bob Burnquist, um dos sócios fundadores do evento e skatista renomado, destacou que a iniciativa da Prefeitura é pioneira ao nível internacional.
Conforme Burnquist, o desenvolvimento do MetaversoSP é parte de uma contrapartida ao patrocínio do evento pela Prefeitura, que investiu um total de R$ 5 milhões. Por ser um projeto de caráter privado, gerido pela empresa do NFT.Brasil, após sua finalização, será entregue à Prefeitura, que então decidirá sobre seu futuro.
Prefeitura redefine investimento em metaverso após críticas do TCM
A criação deste projeto foi entendida como um contrato de hardware com gestão passível de ser alterada, conforme explicações. A abordagem adotada pela Prefeitura para este desenvolvimento também surgiu como uma resposta aos desafios enfrentados em abril de 2023. Naquela ocasião, a administração municipal teve que abandonar os planos de realizar a Virada Cultural no metaverso após questionamentos feitos pelo Tribunal de Contas do Município (TCM).
Na ocasião, o TCM levantou questionamentos sobre o montante planejado para investimento na iniciativa, que estava na ordem de R$ 10 milhões. Bob Burnquist, um dos sócios do projeto, esclareceu que devido aos questionamentos, perceberam que a abordagem inicial poderia ter sido excessiva e não a mais adequada, levando à decisão de alterar a estratégia de construção. Burnquist destacou que o investimento foca no evento em si, e não diretamente no metaverso, que serve mais como um canal de comunicação dentro do evento, diferenciando-se assim das percepções iniciais.
Marco Affonseca, outro sócio responsável pelo NFT.Brasil, apontou que, inserida no contexto mais amplo do metaverso do evento, a iniciativa estará naturalmente próxima de outros ambientes virtuais e dos usuários, o que reduz a necessidade de investimentos adicionais para atrair público.
Affonseca também explicou que o metaverso é parte integrante da estratégia de engajamento do evento. A tecnologia busca unir as pessoas e colocá-las em contato com marcas, mídia e conteúdo, além de envolver a Prefeitura. Por fim, Affonseca ressaltou que o projeto contará com múltiplos canais de comunicação, não sendo uma iniciativa isolada da Prefeitura que exigiria um grande investimento adicional para atração de público.
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