Venezuela proíbe mineração de Bitcoin para estabilizar rede elétrica nacional
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Acreditamos na total transparência com nossos leitores. Parte do nosso conteúdo inclui links de afiliados, e podemos ganhar uma comissão através dessas parcerias.O governo da Venezuela anunciou nesta semana a proibição da mineração de Bitcoin e outras criptomoedas no país, unindo-se a outras nações que já barraram a prática. Sobretudo, a justificativa venezuelana é a necessidade de proteger a rede elétrica nacional, ameaçada por diversas operações de mineração.
Governo da Venezuela também confiscou 2 mil dispositivos de mineração
O Ministério de Energia Elétrica da Venezuela divulgou planos para desconectar as fazendas de mineração de criptomoedas da rede nacional de energia. Em suma, a medida visa regular o consumo excessivo de energia e garantir um fornecimento estável para a população.
A Associação Nacional de Criptomoedas da Venezuela comunicou, através de uma publicação no X (antigo Twitter), que a mineração de Bitcoin e outras criptomoedas está proibida no país. Recentemente, o governo venezuelano confiscou 2 mil dispositivos de mineração em uma cidade como parte de uma iniciativa anticorrupção.
Além disso, o ministério destacou a necessidade de fornecer serviços elétricos eficientes e viáveis em toda a Venezuela, combatendo atividades com elevado consumo de energia. Dessa forma, essas medidas são consideradas essenciais para estabilizar o fornecimento de energia nacional, que tem enfrentado problemas nos últimos dez anos.
Desde 2019, o país tem registrado apagões recorrentes, impactando significativamente a vida cotidiana e a atividade econômica. A mineração de Bitcoin e outras criptomoedas, que demanda alta quantidade de energia, também causou problemas em outros países. A China, por exemplo, já proíbe a prática, e o Paraguai está estudando uma possível proibição.
Relação da Venezuela com as criptomoedas
A campanha venezuelana contra a mineração de criptomoedas é apenas um aspecto de uma iniciativa maior de combate à corrupção, que resultou na detenção de diversos funcionários de alto escalão. Entre eles está Joselit Ramírez, ex-diretor da Superintendência Nacional de Criptoativos, acusado de estar envolvido em atividades corruptas.
No mês de março de 2023, a empresa responsável pelo fornecimento de energia na Venezuela interrompeu as operações de diversas instalações de mineração de criptomoedas em todo o território nacional, como parte de uma investigação sobre corrupção que implicava a companhia de petróleo estatal.
Naquele momento, o procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, mencionou que supostamente havia funcionários governamentais realizando operações ilegais de petróleo com o suporte do departamento nacional de criptomoedas. Recentemente, o governo venezuelano decidiu também descontinuar seu próprio projeto de criptomoeda.
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