Tesouro dos EUA diz que criptomoeda Tether alimenta o terrorismo
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Durante a Consensus, o maior evento de criptomoedas do mundo, o subsecretário do Tesouro para o Terrorismo e Inteligência Financeira dos Estados Unidos, Brian Nelson, destacou um aumento no uso da criptomoeda Tether (USDT) por criminosos. Ele ressaltou que a stablecoin, que é o maior token do mundo atrelado ao dólar americano, tem sido utilizada em atividades ilícitas.
No ano passado, foi revelado pelo InfoMoney que o ativo digital também é empregado na rua 25 de Março, em São Paulo, uma área conhecida por atividades de contrabando. Além disso, conforme dados da Receita Federal, o Tether é a criptomoeda mais utilizada no Brasil.
Golpes e fraudes em criptoativos alertam para lacunas de regulação
Nelson observou um crescimento no uso de moedas estáveis, especialmente a stablecoin USDT, por indivíduos sancionados, golpistas e grupos terroristas. Ele destacou que outros grupos cripto, como os tokens não fungíveis (NFTs), também estão vulneráveis a fraudes e golpes.
Durante uma palestra realizada na tarde de quarta-feira (29/05), em Austin, Texas, Nelson apontou que os criminosos virtuais frequentemente escolhem jurisdições ou produtos financeiros com controles fracos contra lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
Ele também mencionou o fracasso de alguns provedores de ativos virtuais em aderir às obrigações de compliance, enfatizando a importância do envolvimento governamental com empresas do setor devido ao risco que essas atividades ilícitas representam para a segurança nacional dos EUA.
Nelson também falou sobre a colaboração do Departamento do Tesouro dos EUA com outras agências na ação contra a Binance. No ano passado, a corretora reconheceu várias violações das leis americanas e recebu uma multa de US$ 4,36 bilhões para encerrar um processo judicial. Ele explicou que a medida foi necessária devido ao volume significativo de atividades ilícitas observadas.
Além disso, Nelson comentou que as plataformas de NFT não possuem controles adequados para prevenir lavagem de dinheiro e evasão de sanções. Dessa forma, ele defendeu a necessidade de uma regulamentação mais rigorosa para os NFTs e as plataformas onde ocorre a comercialização.
Tesouro propõe supervisão de serviços de mistura para combater lavagem de dinheiro
Em suma, Nelson discutiu uma proposta do Tesouro para regular os chamados serviços de mistura. Estes combinam criptomoedas de diversas fontes para ocultar a origem dos fundos, prática comumente associada à facilitação de atividades criminosas. No entanto, argumenta-se que essas ferramentas são cruciais para a proteção da privacidade dos usuários, especialmente em nações sob regimes ditatoriais.
Ele expressou que, embora haja uma distinção entre serviços que simplesmente ofuscam e aqueles que aprimoram o anonimato em prol da privacidade, é importante trabalhar em parceria com a indústria para desenvolver e implementar ferramentas que possam proteger a privacidade sem comprometer as normas legais.
Contudo, Nelson salientou que muitos desses serviços de mistura de criptomoedas visam especificamente contornar as normas de prevenção à lavagem de dinheiro e as exigências de identificação de investidores. Como resultado, isto os torna particularmente atraentes para entidades que buscam evitar detecção, incluindo atores ligados à Coreia do Norte e ao Hamas.
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