Tendência para valor do Bitcoin é lateralização ou queda para US$ 95 mil

Nesta semana, a tendência para o valor do Bitcoin será ditada pela macroeconomia e pelo cenário no Oriente Médio.

Na segunda-feira, a maior criptomoeda do mundo chegou a recuar para US$ 99 mil, pressionada pelo ataque do Irã à base dos EUA no Catar.

No entanto, o ativo reagiu e voltou para US$ 105 mil. Apesar disso, o analista da CryptoQuant, Axel Adler Jr., alerta que o mercado segue sem força para uma alta sustentável.

De acordo com ele, a tendência atual é lateralização ou queda, a não ser que o BTC rompa de forma consistente o patamar de US$ 109 mil.

Desse modo, a análise técnica de Adler indica que os principais suportes estão em US$ 101,8 mil e US$ 100 mil.

De acordo com ele, se o preço perder esses níveis, a pressão vendedora deve aumentar, podendo levar a uma correção até US$ 95 mil ou US$ 97 mil.

Além disso, Adler observa que o momentum de 30 dias caiu de 1,7% para -6,7%, revelando um claro domínio dos vendedores.

A média de longo prazo, que costuma ficar em +10%, reforça o sinal negativo no curto prazo.

‘O momentum abaixo de zero confirma controle dos vendedores. Assim, o preço provavelmente seguirá entre US$ 100 mil e US$ 104 mil até surgir um forte catalisador de alta’, explica.

Tendência para valor do Bitcoin

O analista aponta que o mercado de opções também indica um cenário cauteloso.

De acordo com Adler, os investidores estão concentrando seus contratos acima do Max Pain, que caiu de US$ 106 mil para US$ 100 mil.

Ou seja, ele destaca que isso indica que o mercado se protege, prevendo maior probabilidade de quedas no curto prazo.

Por outro lado, há um leve otimismo em calls de longo prazo, principalmente nas faixas entre US$ 130 mil e US$ 145 mil, que registraram crescimento expressivo nos últimos dias.

Mesmo assim, os contratos de put, focados na proteção contra queda, seguem fortes entre US$ 95 mil e US$ 98 mil.

‘Se o preço cair abaixo de US$ 100 mil, a pressão nos contratos de put pode empurrar o BTC para perto de US$ 95 mil, onde está concentrada a proteção de baixa’, disse.

Além disso, segundo ele, os indicadores on-chain reforçam a tese de fraqueza.

A taxa de hash caiu 6,6%, enquanto os endereços ativos reduziram 11,8% e os volumes de transferência recuaram 11,5%.

Isso sinaliza que os investidores preferem esperar, evitando movimentos bruscos.

Lateralização ou queda

Dessa forma, ele aponta que o Índice de Volatilidade do Bitcoin atingiu níveis não vistos desde maio de 2016, indicando um mercado estagnado e pouco propenso a grandes oscilações no curto prazo.

Outro dado relevante para o analista mostra que a volatilidade realizada vem caindo há dois anos, efeito potencializado pela adoção dos ETFs de Bitcoin nos EUA desde 2024, que atraíram investidores institucionais e de longo prazo.

Esse movimento, no entanto, gerou uma crescente centralização dos bitcoins em grandes entidades.

Atualmente, 216 instituições controlam 30,9% do fornecimento circulante, incluindo exchanges, ETFs, empresas públicas e governos.

‘A concentração nas mãos de grandes players não só reduz a volatilidade, mas também controla o ritmo de liquidez do mercado’, alerta Adler.

Diante desse cenário, o analista recomenda cautela: ‘Mantenha posição neutra. A tendência é de lateralização ou queda até US$ 95 mil, a menos que o preço recupere força acima de US$ 105 mil’, finaliza.

Leia mais:

• Vitalik Buterin argumenta que o Ethereum é o petróleo digital e aponta alta para o ETH
• Bitcoin hoje: usuários antigos podem causar choque de oferta?
• Méliuz capta US$ 32 milhões para investir em Bitcoin