Preço do Bitcoin exibe padrão de baixa e pode cair para US$ 64 mil

O preço do Bitcoin iniciou esta semana voltando para US$ 107 mil, animando os traders após romper a resistência de US$ 106 mil. No entanto, para o analista Peter Brandt, essa alta é passageira.

De acordo com ele, após atingir o pico de US$ 112 mil, o ativo corrigiu bruscamente, perdendo o suporte dos US$ 105 mil, e ameaça mergulhar mais fundo. Desse modo, essa movimentação recente desenha um padrão inverso de ‘copo e alça’, o que costuma indicar reversões negativas nos gráficos.

‘O suporte imediato, agora em US$ 100.800, se tornou um ponto crítico. Se for rompido, o BTC pode buscar US$ 91 mil, região que coincide com a média móvel exponencial de 200 dias (EMA200), um indicador técnico de longo prazo bastante respeitado’, disse.

Além disso, ele aponta que o Índice de Força Relativa (RSI) do Bitcoin caiu para 52, o que sinaliza enfraquecimento da força compradora. Desse modo, se esse índice romper para baixo de 50, os ursos ganham terreno. E se isso acontecer junto com o rompimento da linha de suporte, a correção tende a se intensificar.

Preço do Bitcoin exibe padrão de baixa

Além disso, ele aponta que o gráfico semanal mostra uma divergência de baixa entre o preço e o RSI, padrão que já antecedeu fortes quedas no passado. Em 2021, esse mesmo comportamento antecipou uma desvalorização de 61%, levando o ativo até a média móvel de 200 semanas.

Dessa forma, agora, essa mesma referência aponta para US$ 64 mil como possível destino em caso de repetição histórica. Brandt reforçou esse cenário ao identificar um padrão de cunha ascendente, que também antecipa correções severas.

De acordo com ele, o Bitcoin precisa recuperar sua linha de tendência parabólica para seguir no rumo dos US$ 125 mil a US$ 150 mil. Caso contrário, pode haver uma retração de até 60%, típica após topos históricos.

Ainda assim, alguns analistas permanecem otimistas. Sobretudo, eles comparam o BTC com o ouro nos anos 2000, que também formou padrões de consolidação antes de romper para máximas históricas. A estrutura atual, segundo esses especialistas, forma uma ‘bandeira de alta’ com potencial de levar o ativo para US$ 150 mil até o fim de 2025.

O analista Tony Severino destaca que o padrão gráfico ainda pode favorecer os touros. E o pesquisador Axel Adler Jr., olhando para dados on-chain, acredita que o Bitcoin está perto de uma zona crítica de rali.

Desse modo, se a métrica NUPL/MVRV se mantiver acima de 1,0, isso pode confirmar uma nova fase de valorização, assim como ocorreu em 2017 e 2021.

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