Plataforma de gestão de florestas de Minas Gerais utiliza blockchain para maior eficiência
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Acreditamos na total transparência com nossos leitores. Parte do nosso conteúdo inclui links de afiliados, e podemos ganhar uma comissão através dessas parcerias.O governo de Minas Gerais está utilizando a tecnologia blockchain para garantir segurança e transparência nas transações e atividades do sistema MG Florestas.
Essa plataforma, que administra as florestas plantadas no estado e controla a cadeia do carvão vegetal, tem um papel fundamental na proteção da vegetação nativa. Até o momento, mais de 87% dos municípios mineiros aderiram ao sistema.
A iniciativa é um projeto conjunto da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad-MG), da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MG), do Instituto Estadual de Florestas (IEF) e da Companhia de Tecnologia da Informação do Estado de Minas Gerais (Prodemge).
O financiamento para esse projeto inovador vem do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).
Quais os benefícios de utilizar a tecnologia blockchain
A tecnologia blockchain usa um banco de dados distribuído. Ela armazena informações em vários computadores de maneira segura, assegurando a permanência e acessibilidade de dados. Estas informações são referentes à produção, colheita e transporte do carvão vegetal.
Sobretudo, a tecnologia diminui o risco de atividades ilegais e aprimora a eficiência operacional em toda a cadeia produtiva.
Frederico Afonso Maximiano, da diretoria de governança de tecnologia de informação da Seplag-MG, destaca que a blockchain atua como um registro compartilhado e inalterável. O que facilita o rastreamento de ativos.
O especialista ressalta a relevância da inovação para o governo de Minas. Ele menciona o projeto MG Florestas, que monitora com alta confiabilidade toda a cadeia do carvão. O monitoramento ocorre desde o plantio das árvores até o consumo do produto final. O que resulta em um processo mais transparente e sustentável.
A Seplag-MG é a responsável pelo desenvolvimento do sistema e pela implementação da tecnologia blockchain.
Como anda o comprometimento dos produtores
Um recente estudo do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) revelou a adesão de mais de 15.000 produtores ao MG Florestas.
Em resumo, a iniciativa abrange uma variedade de agricultores e empresas dedicadas à produção de carvão vegetal em Minas Gerais, com quase 1,5 milhão de hectares já cadastrados. O projeto conta com a participação ativa de 834 municípios do estado, destacando seu impacto e aceitação nas comunidades locais.
Grande adesão comprova que usar blockchain tem sido a escolha certa
Flávio Aquino, diretor de Controle, Monitoramento e Geotecnologia do Instituto Estadual de Florestas (IEF), destacou a importância do MG Florestas.
Para Aquino, a adesão ao programa não apenas sublinha a relevância da blockchain na transformação de setores tradicionais. Mas também reflete o comprometimento dos produtores e autoridades com a produção sustentável e legal de carvão vegetal em Minas Gerais.
Aquino enfatizou que o projeto protege os recursos naturais e estimula a economia local. Isso porque cria oportunidades para crescimento contínuo e desenvolvimento sustentável do estado.
História do MG Florestas
O MG Florestas, um projeto voltado para a cadeia produtiva do carvão vegetal, se desenvolve em três etapas cruciais: origem, transporte e consumo.
Primeiramente, em 2021, o projeto lançou o Módulo de Cadastro de Plantio, estabelecendo as bases para uma cadeia produtiva transparente e eficiente. No ano seguinte, em 2022, foi introduzido o Módulo de Comunicação de Colheita, facilitando a interação entre produtores e autoridades.
Agora, em dezembro, o projeto avança para a fase de transporte com o lançamento do Módulo de Declaração de Colheita de Florestas Plantadas. Essa etapa é fundamental para monitorar e otimizar a produção de carvão vegetal em Minas Gerais, com foco na sustentabilidade ambiental e na legalidade da cadeia de produção.
Para participar do MG Florestas, os interessados devem se registrar como pessoa física ou jurídica no Portal Ecossistemas, facilitando o acesso e a participação no projeto.
Além da gestão de florestas, tecnologia blockchain também torna a indústria da moda mais sustentável
Em suma, empresas do setor de moda estão utilizando a blockchain para criar registros confiáveis e transparentes de suas cadeias produtivas. Isso porque assim se pode rastrear a origem da matéria-prima, monitorar o processo de transformação e gerenciar de forma eficiente a circularidade dos resíduos.
Por isso se diz que a aplicação da tecnologia blockchain está remodelando uma indústria conhecida por seu intenso consumo de recursos naturais, como destaca a Fundação Ellen MacArthur, autoridade líder mundial em economia circular.
Segundo um estudo da fundação, cerca de 90% do desperdício na indústria da moda resulta da extração e processamento de insumos, em um modelo de produção que historicamente tratou resíduos e produtos com potencial valor econômico como mero lixo poluente.
O uso da blockchain está ajudando a reformular essa abordagem. Ela permite que as empresas registrem e mantenham informações de forma segura e inalterável sobre o percurso das peças, desde a fonte da matéria-prima até o consumidor final.
Isso contribui para a redução do desperdício e garante a conformidade com as normas de ESG (Environmental, Social, and Governance).
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