JPMorgan vai oferecer empréstimos com garantia em ETF de Bitcoin da BlackRock

O banco JPMorgan anunciou que começará a oferecer empréstimos utilizando ETFs de criptomoedas como garantia, incluindo o ETF de Bitcoin da BlackRock, conhecido como IBIT. A novidade marca mais um passo do setor financeiro tradicional na direção dos ativos digitais.

Segundo informações divulgadas pela Bloomberg, a instituição também passará a considerar os criptoativos de clientes de alta renda ao calcular patrimônio líquido e ativos líquidos para concessão de crédito.

Com isso, Bitcoin e outras criptos poderão ser tratados de forma semelhante a imóveis, ações ou metais preciosos como colaterais em operações financeiras.

Forte interesse institucional impulsiona ETF de Bitcoin da BlackRock

Ademais, a decisão do JPMorgan ocorre pouco após o lançamento, pela Bolsa de Moscou, de contratos futuros vinculados ao IBIT. Sobretudo, este é um produto que, desde seu lançamento, atraiu atenção significativa de investidores institucionais.

Dados da SoSoValue revelam que o ETF acumula US$ 70,16 bilhões em ativos sob gestão e vinha mantendo um fluxo de entrada de capital por 31 dias consecutivos, até 30 de maio.

O analista Eric Balchunas, da Bloomberg, afirmou que os ativos do fundo podem ultrapassar, até o próximo ano, os 1,12 milhão de BTC atribuídos a Satoshi Nakamoto.

Em uma postagem recente, Balchunas destacou que o IBIT já figura entre os 25 maiores ETFs do mercado, ocupando a 23ª posição — sendo, de longe, o mais recente entre os líderes do setor.

Here's a table of the Top 25 biggest ETFs and their age. At 1.4 yrs old $IBIT is youngest on list by NINE times. It's like an infant hanging out with teenagers and twenty-somethings. Quite poss the most insane IBIT stat yet (and there are many) via @SirYappityyapp pic.twitter.com/w63XSkD7f6

— Eric Balchunas (@EricBalchunas) June 3, 2025

Estratégia do JPMorgan avança apesar de ceticismo interno

Apesar da novidade, a decisão da instituição contrasta com declarações recentes do próprio CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, que continua cético em relação ao Bitcoin enquanto classe de ativos.

Em um posicionamento recente, Dimon chegou a sugerir que os Estados Unidos deveriam priorizar o armazenamento de munições e terras raras, em vez de Bitcoin.

Mesmo diante desse posicionamento, o movimento do banco reforça a crescente aceitação das criptomoedas por parte do setor financeiro tradicional.

Por fim, vale mencionar a remoção de barreiras regulatórias durante a administração Trump e a adoção acelerada de produtos digitais por grandes instituições.

Fontes: SoSoValue e Bloomberg.

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