Gestoras brasileiras apressam criação de fundos de Bitcoin para atender demanda

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Pedro Augusto
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fundos de Bitcoin

O Bitcoin (BTC) registrou queda em abril e apresentou um desempenho lateralizado em maio, mas isso parece que não diminuiu o interesse dos novos investidores pela criptomoeda. Gestoras de ativos relatam um aumento na procura por exposição a essa classe de ativos, que varia desde investidores de varejo até um novo perfil. Em suma, este novo perfil são os family offices, responsáveis pela alocação de grandes fortunas.

Fundos de criptomoedas estão presentes no Brasil há pelo menos seis anos, usando geralmente o Bitcoin como benchmark. No entanto, só receberam permissão para investir diretamente em ativos digitais no segundo semestre do ano passado, com a resolução CVM 175, desde que a alocação seja feita por meio de veículos brasileiros.

Aceitação do mercado tradicional aos fundos de Bitcoin trouxe confiança aos investidores

Nos últimos meses, dois fatores principais impulsionaram o interesse dos investidores, especialmente os mais endinheirados. Primeiro, a chegada dos ETFs de Bitcoin nos Estados Unidos, apoiados por BlackRock, Fidelity e Wisdom Tree. Segundo, no Brasil, o lançamento dos contratos futuros de Bitcoin na B3.

Dessa forma, observando o apetite dos investidores institucionais com o aceno regulatório à criptomoeda, a corretora Coinext decidiu fundar uma gestora, a Coinext Asset. A nova gestora está prestes a lançar o multimercado de gestão ativa Coinext Crypto Strategy FIM IE, que investirá 100% do patrimônio em ativos digitais, com hedge por meio de contratos de opções de criptoativos.

Não há um investidor institucional com quem a Coinext Asset converse que não afirme a necessidade de estar posicionado no mercado de criptoativos.

“Estamos falando com family offices, grandes players de mercado, todos querem ter um pouco de exposição em cripto”, afirma o CEO da Coinext Asset, Mikail Ojevan.

Na Hashdex, maior gestora de criptoativos do Brasil, a percepção é semelhante. O teste de stress enfrentado pelo mercado em 2022 respondeu a várias dúvidas cruciais dos investidores institucionais sobre a resiliência do setor em cenários de crise global e variações de liquidez, segundo João Marco Cunha, diretor de gestão da empresa.

Com a crescente aceitação no mercado tradicional, investidores mais endinheirados começaram a ganhar confiança para fazer alocações. Muitos estão considerando destinar entre 1% a 5% de seus portfólios em criptoativos, buscando diversificação e potencial de alto retorno, afirma Cunha. Ele explica que oferecer um fundo voltado especificamente para o investidor institucional seria uma extensão natural da estratégia da Hashdex.

Analistas acreditam que ainda existe um grande potencial de crescimento no setor

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Uma indicação do apetite do varejo por Bitcoin está nos números da Hashdex, que direciona seus produtos de gestão passiva ao investidor comum. Só em março, houve um aumento líquido de quase 10 mil investidores nos fundos da empresa. Este é um número comparável aos níveis atingidos durante o último pico de euforia deste mercado, há dois anos.

João Marco Cunha, gestor da Hashdex, afirmou que ainda existe um grande potencial de crescimento, destacando que em ciclos anteriores foi possível observar a entrada de 20 a 50 mil investidores em um único mês.

Atenta ao investidor comum, a tradicional BB Asset, maior gestora do Brasil, está expandindo sua atuação em ativos digitais. Ela irá converter seu fundo BB Multimercado Criptoativos Full IE, lançado em 2022 para investidores qualificados, em um produto acessível ao investidor comum. Movimento semelhante foi realizado no início do ano pela QR Asset, que disponibilizou ao público o fundo multimercado de gestão ativa QR Blockchain Assets.

A BB Asset observa um aumento na procura de clientes pessoas físicas por ativos digitais. Em resposta, a empresa vê uma oportunidade de oferecer um fundo de gestão ativa para aqueles que desejam acessar a tese dos criptoativos, mas que são iniciantes nesse universo e preferem investir por meio de intermediários conhecidos.

Marcelo Arnosti, estrategista-chefe de multimercados, renda variável e offshore da BB Asset, explica que o fundo serve sobretudo como um intermediário entre o interesse dos clientes e o conhecimento limitado que possuem sobre o funcionamento e a compra de criptomoedas.

Atualmente, 95% da carteira do fundo está alocada em ETFs indexados ao Bitcoin. No entanto, no futuro, o portfólio deverá incluir não apenas outros ETFs, mas também posições nos novos contratos futuros de Bitcoin da B3.

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