Family offices vão impulsionar alta no Bitcoin para US$ 200 mil, aponta análise

Mudanças importantes no mundo das finanças e nos regulamentos estão alterando a visão de family offices sobre criptoativos. De acordo com uma análise da Insights4, estes escritórios gerenciam fortunas de famílias ricas e sua entrada pode impulsionar o mercado.

A análise destaca que nos EUA, a Comissão de Valores Mobiliários (SEC) aprovou os primeiros fundos de Bitcoin negociados em bolsa (ETFs) em janeiro de 2024. Desse modo, com a aprovação, o Bitcoin ficou acessível para investidores tradicionais e regulados.

“Logo depois, ETFs de Ethereum também receberam aprovação. Isso mostrou que as duas maiores criptomoedas são vistas como ativos para investimento sob a lei americana”, destaca o relatório.

Além disso, o documento aponta que na Europa, a regulamentação MiCA criou um ambiente claro e seguro para criptoativos em 27 países. Dessa forma, para family offices que se preocupavam com a falta de regras, a MiCA foi uma grande ajuda.

“Ela trouxe clareza sobre custódia e proteção ao investidor. Isto sinalizou que o mercado cripto está se tornando mais maduro na Europa. Outros países, como Reino Unido e Hong Kong, também avançaram em suas regras. O Oriente Médio também se firmou como região amiga das criptos”, afirma.

Alta no Bitcoin impulsionada por nova demanda institucional

De acordo com o relatório, aliado ao aumento da demanda institucional, está o halving de 2024 que refletiu tanto a especulação quanto a ideia de que o Bitcoin é escasso e valioso.

Dessa forma, muitos family offices observaram este movimento. Combinado com a notícia dos ETFs, criou-se a expectativa de que o Bitcoin pode alcançar novos recordes nos próximos 1 a 2 anos.

Diante de tudo isso, family offices antes céticos agora prestam atenção e alguns sentiram que não podiam ‘ficar de fora da festa’ se um novo super ciclo de alta começasse. Assim, as reações foram variadas.

Alguns viram o halving e as notícias como um bom momento para entrar no mercado. Outros, lembrando a alta volatilidade de 2021, venderam parte de suas posições para garantir lucros.

‘Uma coisa ficou clara: o desempenho das criptos superou ativos tradicionais. Em 2025, o Bitcoin teve alta de dois dígitos. Ele superou o ouro e as principais bolsas de valores. Em um ano, o Bitcoin quase dobrou de preço. O Ethereum também teve forte alta. Mesmo olhando para 3 anos, o Bitcoin teve um retorno muito maior. Análises mostram que, em uma década, o Bitcoin rendeu 10 vezes mais que o índice NASDAQ 100’, destaca o relatório.

Ponto de mudança

De acordo com o estudo, este desempenho no preço do BTC tornou-se um ponto de discussão. Family offices veem uma pequena parte em criptoativos como uma ‘opção’ para lucros enormes.

Apesar da volatilidade, alguns acreditam que não ter cripto pode ser um risco para o crescimento do patrimônio a longo prazo. No entanto, eles ainda lembram da grande queda de 2022. Por isso, muitos entram agora com cuidado.

O relatório também aponta que segundo algumas pesquisas, cerca de 20% a 30% dos family offices já investem em cripto. Este número subiu. Além disso, muitos outros consideram investir no futuro. Isso mostra que, embora nem todos tenham investido, o interesse cresceu significativamente.

‘A adoção é maior na Ásia e menor na Europa. Family offices menores, geridos por quem criou a riqueza, tendem a ser mais abertos a criptoativos do que os maiores e mais tradicionais’, destacou.

Como os ‘gigantes’ investem em criptomoedas

As formas de investir variam. Alguns family offices compram criptomoedas diretamente. Eles usam corretores especializados ou bolsas grandes. A custódia segura, com empresas de confiança, virou uma exigência padrão. Outros investem através de fundos geridos por especialistas. Fundos de venture capital em startups de blockchain também são uma porta de entrada popular.

No entanto, embora mais escritórios estejam investindo, a quantia alocada ainda é pequena. Criptoativos geralmente representam menos de 5% do total do patrimônio. Para a maioria, é apenas 1% ou 2%.

‘Isso mostra uma abordagem cautelosa. Criptoativos são vistos como parte da carteira de alternativos ou oportunidades e não como uma verdadeira classe de ativos’, afirma.

De acordo com a insights4, a alocação em cripto por parte destes investidores deve aumentar. Um cenário básico prevê que a alocação média chegue a 2-3% até 2027. Em um cenário otimista, poderia alcançar 5-10% ou mais.

Assim, elevando facilmente o preço do BTC para mais de US$ 200 mil ja que uma nova demanda impulsionaria o hype e a escassez.

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