Coreia do Sul permitirá que universidades e empresas negociem criptomoedas

Segundo informações do relatório recente do Hanguk Kyungjae, espera-se que até 2025, as universidades da Coreia do Sul comecem a negociar criptoativos.

Além das instituições de ensino, as autoridades governamentais locais também deverão ter permissão para incorporar criptoativos, o que demonstra uma abertura progressiva do país em relação à tecnologia blockchain.

Em paralelo, a Comissão de Serviços Financeiros (FSC) da Coreia do Sul planeja facilitar a criação de carteiras corporativas de criptomoedas, com a previsão de lançamento de uma “Rota para permitir que corporações abram contas de ativos virtuais e won” nas próximas semanas.

Em suma, este plano busca legitimar e também incentivar o uso de criptoativos no balanço patrimonial das empresas, seguindo o exemplo de companhias estrangeiras que valorizaram seus ativos através da aquisição de Bitcoin.

Por fim, críticos têm apontado uma certa passividade do país, comparado com mercados como os Estados Unidos, Europa e Japão, na adoção de estratégias cripto corporativas.

Bancos da Coreia de Sul só permitem contas cripto para pessoas físicas

Atualmente, a legislação sul-coreana impede que corporações adquiram criptomoedas, mas a FSC está planejando estratégias para mudar essa situação.

Esse plano da FSC visa iniciar a flexibilização dessas restrições em uma abordagem escalonada, começando por universidades, escolas e órgãos de governo local.

Algumas universidades renomadas já se beneficiaram de doações em criptomoedas há alguns anos. Contudo, estas enfrentam restrições legais que impedem seu uso como dinheiro.

Surpreendentemente, ainda que não existem leis que proíbam explicitamente que entidades públicas ou corporativas utilizem contas ou carteiras integradas com serviços bancários. No entanto, os bancos locais receberam orientações específicas para permitir a abertura dessas contas apenas a pessoas físicas.

SNU pressiona por direito de vender tokens doados

A Universidade Nacional de Seul (SNU), junto com outras instituições educacionais sul-coreanas, pode estar próxima de conseguir monetizar suas altcoins, após anos retendo os tokens WEMIX doados pela empresa de jogos local WeMade em 2022.

Estes ativos, atualmente avaliados em aproximadamente 800 milhões de won (mais de US$ 566 mil), representam uma grande oportunidade para essas instituições.

Contudo, a trajetória para a venda desses tokens tem sido complicada. A SNU tem feito apelos contínuos ao Ministério da Educação e à Unidade de Inteligência Financeira (FIU) para obter permissão para comercializar os tokens.

No entanto, a FSC tem negado consistentemente esses pedidos. O receio da FSC é que, ao permitir a venda de tokens por instituições educacionais, se estabeleça um precedente que poderia incentivar empresas a explorar esse mecanismo para comercializar suas moedas por meio de doações.

Governo da Coreia usa cripto apenas em casos de crime e evasão fiscal

A Coreia do Sul está avançando para a última fase de seu plano de integração do mercado de criptomoedas com o setor bancário e outras empresas financeiras. No entanto, consciente dos riscos associados, a FSC está implementando estratégias para mitigá-los em suas regulamentações.

Uma das medidas propostas é a limitação da exposição ao capital cripto por parte das empresas listadas na bolsa de valores, que deveriam restringir seu investimento em criptoativos a uma pequena porcentagem do capital total.

Esta precaução visa evitar consequências desastrosas, como a desestabilização do mercado por empresas focadas em Bitcoin.

Atualmente, as únicas carteiras de criptomoedas que entidades públicas sul-coreanas podem usar para transações com moeda fiduciária são as do Serviço de Procuradoria e do Serviço Nacional de Impostos.

Essas carteiras são utilizadas principalmente para a venda de criptoativos apreendidos em atividades de evasão fiscal e crimes, raramente tendo outro uso.

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