Brasil tem aumento de 120% nas importações de criptomoedas entre 2023 e 2024
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Em abril, investidores brasileiros de criptomoedas importaram um montante superior a US$ 1,7 bilhão, equivalente a aproximadamente R$ 8,9 bilhões. De acordo com dados divulgados na última sexta-feira (24/05) pelo Banco Central do Brasil (BC), o volume acumulado de importações de criptomoedas nos primeiros quatro meses deste ano alcançou US$ 6,42 bilhões, o que representa cerca de R$ 33 bilhões.
Exportações de criptomoedas ficam atrás das importações em mais de 90%
De acordo com o relatório recente, o Bitcoin registrou uma queda superior a 16% em abril, diminuindo de US$ 69,7 mil para US$ 58,2 mil ao longo do mês. Ainda assim, o volume de importações de criptomoedas pelos investidores brasileiros se manteve elevado. Em março, por exemplo, esse montante alcançou US$ 1,75 bilhão, acumulando cerca de US$ 14,8 bilhões ao longo do ano até aquele mês.
Comparando abril deste ano com o mesmo período do ano anterior, observa-se um aumento significativo, saltando de US$ 763 milhões para US$ 1,73 bilhão, o que representa um crescimento de 126%. Analisando os primeiros quatro meses de 2023 e 2024, a importação de criptomoedas subiu de US$ 2,91 bilhões para US$ 6,42 bilhões, marcando um aumento de 120%.
O balanço também destacou que, embora as importações de criptomoedas por parte dos brasileiros sejam consideráveis, as exportações ainda são modestas. Em abril, enquanto as importações atingiram US$ 1,73 bilhão, as exportações ficaram em torno de US$ 120 milhões, correspondendo a menos de 7% do volume importado.
Balança comercial de criptomoedas permanece negativa
Nos primeiros quatro meses do ano, as exportações brasileiras de criptomoedas alcançaram US$ 468 milhões, o que representa 7,2% do total importado no mesmo período. Segundo dados do Banco Central, houve um crescimento significativo nas exportações de criptomoedas comparado ao ano de 2023.
Em abril de 2024, o volume de criptomoedas exportado foi 823% maior que os US$ 13 milhões exportados em abril de 2023. Além disso, o valor acumulado das exportações no primeiro quadrimestre de 2024 foi 654% superior aos US$ 62 milhões do mesmo período do ano anterior.
Ainda que os dados de 2024 indiquem um aumento nas exportações, a balança comercial de criptomoedas do Brasil continua apresentando um saldo negativo, similar ao observado em 2023, quando o país importou US$ 12,3 bilhões e exportou US$ 613 milhões.
Banco Central adia implementação do Drex para 2025
O Banco Central anunciou na quarta-feira (22/05) que o projeto-piloto do Real Digital, conhecido como Drex, enfrentou desafios relacionados às soluções de segurança e privacidade, que ainda não alcançaram a maturidade necessária. Em função disso, foi decidida a realização de uma segunda fase de testes antes que o sistema seja disponibilizado ao público. Como resultado, postergou-se o lançamento da nova moeda para possivelmente 2025.
Segundo o BC, o objetivo dessa segunda fase é adicionar novas funcionalidades e conduzir novos testes, visando à evolução e amadurecimento da plataforma. A autoridade monetária destacou que as soluções tecnológicas de privacidade testadas até agora não atingiram a maturidade desejada para garantir que todos os requisitos jurídicos relacionados à privacidade dos cidadãos sejam cumpridos, embora tenham mostrado evolução.
Ainda de acordo com o BC, essa nova etapa também avaliará a infraestrutura criada para o piloto com Tecnologia de Registro Distribuído (DLT). Este incluirá testes com contratos inteligentes (smart contracts) criados e gerenciados por terceiros participantes da plataforma. Estes testes estão programados para ocorrer ao longo do terceiro trimestre e devem estar concluídos até o final do segundo semestre de 2025.
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