Bitcoin a US$ 3 milhões? Gestora americana VanEck faz projeções otimistas para o BTC

A gestora de investimentos americana VanEck divulgou uma previsão ambiciosa para o futuro do Bitcoin. Sugeriu que a criptomoeda pode atingir o valor de US$ 3 milhões até 2050.
Matthew Sigel, chefe de pesquisa da VanEck, compartilhou essa visão otimista em uma entrevista recente à CNBC. Na qual discutiu o potencial de o Bitcoin se tornar um ativo de reserva global, com bancos centrais incluindo-o em suas reservas.
Sigel apontou que, embora o mercado de Bitcoin atualmente apresente volatilidade, essas flutuações tendem a ser temporárias, especialmente em períodos de incerteza política como eleições presidenciais nos Estados Unidos. Estas podem afetar diretamente a confiança dos investidores e impactar o mercado.
Essa volatilidade, segundo ele, não deve desencorajar investidores de longo prazo, que veem no Bitcoin uma possível valorização substancial nos próximos anos. Para Sigel, a perspectiva de um Bitcoin valendo US$ 3 milhões é encorajadora para quem busca oportunidades de investimento de longo prazo, apesar das oscilações no curto prazo.
Bitcoin pode ter crescimento anual de 16% com adoção por bancos centrais
Ademais, Sigel oferece uma visão um tanto futurista para o Bitcoin, sugerindo que a criptomoeda poderia se estabelecer como um ativo de reserva global. Este cenário aconteceria caso os bancos centrais decidam alocar até 2% de suas reservas em BTC. Como resultado, essa inclusão levaria a uma taxa de crescimento anual composta de 16% para o Bitcoin nas próximas décadas.
A projeção de longo prazo da VanEck ganha contornos realistas considerando o crescente interesse de países emergentes. Um exemplo são os membros do BRICS, considerando utilizar o Bitcoin para transações comerciais internacionais.
Recentemente, a expansão do bloco com a inclusão de novos membros como Argentina e Etiópia e o aumento das iniciativas de mineração de Bitcoin com apoio estatal em algumas regiões são sinais de um movimento em direção à diversificação das reservas globais fora do domínio do dólar.
Para Sigel, esses desenvolvimentos não são apenas temporários. Eles são indicativos de uma tendência de longo prazo que poderia consolidar o Bitcoin como uma alternativa ao dólar nas transações globais.
Política monetária dos EUA impulsiona valorização do Bitcoin
Por fim, Matthew Sigel também destacou a interação entre a política monetária dos Estados Unidos e o comportamento do Bitcoin no mercado financeiro. Ele apontou que a expansão da oferta monetária e a manutenção de juros baixos, políticas adotadas especialmente durante a pandemia, têm sido fatores cruciais para o aumento no valor do Bitcoin nos últimos anos.
Sigel observou que o crescimento recente na oferta monetária dos EUA tem um impacto positivo no valor da criptomoeda. Já uma correlação negativa com o dólar resulta em uma relação inversa com a valorização do BTC. Sobretudo, esta dinâmica se torna particularmente interessante em tempos de incertezas econômicas.
Além disso, o especialista mencionou que a demanda por Bitcoin continua alta, especialmente em países com instabilidades econômicas.

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