Bitcoin se encaminha para fechar o mês de julho com alta de 5%
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Após um encerramento em baixa em junho, o Bitcoin (BTC) enfrentou uma volatilidade significativa em julho, sob influência de intensas vendas de criptomoedas, incertezas relacionadas às taxas de juros e ao cenário político nos Estados Unidos.
Mesmo com essas instabilidades, a criptomoeda parece estar encerrando o mês com uma valorização de 5,20%, com cotações alcançando US$ 66.079 na manhã desta quarta-feira (31/07).
A recuperação do valor contou com influências diretas e indiretas de ações do ex-presidente Donald Trump. Além disso, nas primeiras semanas de julho, vários fatores pressionaram o valor do ativo digital para baixo, aproximando-o de US$ 54 mil.
A exchange Mt.Gox iniciou a devolução de US$ 8 bilhões em tokens para os usuários afetados por um hack, e o governo alemão vendeu tokens que havia confiscado de atividades criminosas, ambos contribuindo para essa queda.
Agosto deve ser outro mês volátil para as criptomoedas
Após um atentado contra o candidato pró-Bitcoin, Donald Trump, a criptomoeda apresentou uma valorização significativa. Durante o mês de julho, Trump participou de uma conferência importante do setor e expressou o desejo de estabelecer uma reserva de Bitcoin nos Estados Unidos, comparável às reservas de ouro do país.
Essa proposta impulsionou o preço do Bitcoin, que se aproximou dos US$ 70 mil, atingindo um novo recorde em reais devido às flutuações cambiais.
Guilherme Nazar, vice-presidente regional da Binance para a América Latina, destacou a importância crescente do Bitcoin no mercado de ativos digitais. Ele enfatizou que a iniciativa de Trump de igualar as reservas de Bitcoin às de ouro reafirma a posição da criptomoeda como uma forma de ouro digital.
Por outro lado, Beto Fernandes, analista da Foxbit, comentou que a trajetória futura do preço do Bitcoin dependerá principalmente da política monetária nos Estados Unidos. Os dirigentes do Federal Reserve estão previstos para anunciar as novas taxas de juros no final do mês, com expectativas do mercado de que se mantenham entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Fernandes sugeriu que qualquer redução nos juros provavelmente ocorrerá apenas em setembro, o que pode resultar em um agosto volátil, similar a julho, porém sem grandes quedas ou superações de níveis críticos de resistência.
Ether parece seguir o caminho contrário do Bitcoin este mês
O panorama para as principais altcoins em julho mostrou resultados variados. O Ethereum (ETH), por exemplo, registrou uma queda de 4,60% mesmo com o lançamento dos primeiros ETFs à vista de Ether nos Estados Unidos.
Esses nove fundos tiveram um início turbulento, com saídas de aproximadamente US$ 340 milhões na primeira semana. Estas foram lideradas principalmente pelo fundo ETHE da Grayscale, que passou por uma conversão de fundo fechado para ETF. Como resultado, o ETHE conseguiu oferecer taxas mais acessíveis.
Essa mudança no ETHE provocou uma realocação de capital, com investidores buscando opções mais vantajosas em termos de taxas. Por exemplo, os novos ETFs lançados por gestoras renomadas como BlackRock, Bitwise e Fidelity, atraíram novos aportes durante o mesmo período. Esse comportamento de migração foi similar ao observado nos ETFs à vista de Bitcoin.
Contrastando com o Ether, outras criptomoedas como XRP (XRP) e Solana (SOL) tiveram um desempenho robusto, valorizando-se 35% e 24%, respectivamente. No segmento das altcoins menos conhecidas, Mantra (OM) e Helium (HNT) se destacaram com altas impressionantes de 51,80% e 45,50%, respectivamente, nos últimos 30 dias.
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