Bitcoin recua com decisões do Fed: o que esperar?
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Com uma desvalorização diária de 1,5%, o Bitcoin voltou a ser negociado abaixo de US$ 96 mil.
O ativo teve alta por dois dias consecutivos esta semana, mas voltou a cair logo após declaração do presidente do Fed.
Jerome Powell disse não haver pressa para reduzir as taxas de juros, mesmo diante das pressões inflacionárias que os EUA enfrentam.
Fed com cautela
A declaração de Powell sugere que novos cortes nas taxas de juros dos EUA devem ocorrer somente em setembro, segundo o FedWatch do CME Group.
Esse possível atraso para novos cortes pode ocorrer devido ao aumento da inflação local.
Dados do CPI divulgados na manhã desta quarta-feira (12) mostram que a inflação subiu 0,5% em janeiro, superando as expectativas do mercado, de 0,3%. Esse cenário reforça a cautela do Fed em relação à cortes antecipados nas taxas de juros.
Além disso, a gestão Powell adota uma postura mais cautelosa desde que Donald Trump assumiu a Casa Branca. Nesse sentido, vale lembrar que o Fed opera de forma independente à gestão do republicano.
Impacto no Bitcoin
A manutenção dos juros atuais tende a reduzir a liquidez nos mercados de capitais dos EUA, tornando investimentos de risco, como o Bitcoin, menos atrativos.
Vale notar que correlação entre as políticas da instituição e o desempenho da criptomoeda tem se fortalecido nos últimos meses, com o Fed já provocando quedas de preço anteriormente.
Outro fator ajuda a entender a queda atual do BTC: as baleias. O número de endereços que detém pelo menos mil unidades do ativo está em queda ao longo de 2025, segundo a Glassnode. Isso mostra que os grandes players estão se desfazendo de suas reservas na criptomoeda, gerando uma pressão de venda no mercado.
O BTC Long/Short Ratio corrobora esta tese, pois mostra que os vendedores dominam o fluxo de ordens nas principais exchanges. Atualmente, as ordens de venda superam as de compra em US$ 1,2 bilhão.
Projeções de preço para o Bitcoin
O gráfico de 4 horas mostra que o Bitcoin está negociado em um canal de baixa. Atualmente, o ativo se localiza no meio deste padrão gráfico.
Dessa forma, é possível haver tanto um teste da sua linha de resistência, como da linha de suporte. Porém, os indicadores técnicos mostram que o cenário mais provável é o de queda.
O cruzamento das EMAs de 9 períodos (azul) e 21 períodos (laranja) é de baixa, indicando que o BTC está negociado a níveis cada vez mais baixos no curto prazo. Em paralelo, o MACD também gerou um cruzamento de baixa, formando barras de queda desde terça-feira (11).
Por fim, o Índice de Força Relativa (RSI) está abaixo de 50, o que indica que os vendedores estão no controle da tendência. O fato do indicador estar acima de 30 ainda revela haver espaço para novas quedas sem que o BTC entre em um estado de sobrevenda.
Dessa forma, o Bitcoin deve seguir em queda em direção à linha de suporte do canal, em US$ 94 mil.
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