Conforme o especialista Hougan, existem cinco fatores que poderiam amenizar a queda dos preços das criptomoedas:
- os influxos para os ETFs de Bitcoin à vista dos EUA,
- a diminuição na oferta de BTC após o halving,
- a possível introdução de ETFs à vista de Ethereum,
- reduções nas taxas de juros pelo Federal Reserve dos EUA e uma alteração no cenário político em Washington.
Hougan comentou sobre o atual cenário do mercado de criptomoedas, destacando uma dinâmica peculiar. Segundo ele, enquanto as notícias de curto prazo são predominantemente negativas, as projeções de longo prazo são positivas.
Como resultado, essa dualidade está criando uma oportunidade de investimento para os interessados em manter posições de longo prazo.
O Bureau of Labor Statistics dos EUA anunciou na quinta-feira (11/07) que o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) registrou uma queda de 0,1% em junho, após permanecer estável em maio. Essa é a primeira redução no índice desde maio de 2020.
Em outra análise, a QCP Capital destacou a importância da divulgação do IPC, ocorrida na noite de quinta-feira, que capturou a atenção do mercado. A empresa observou que, apesar do otimismo resultante estar impulsionando uma recuperação nas ações, tal entusiasmo ainda não se refletiu no mercado de criptomoedas.
Redução da oferta de Bitcoin e impacto nos mineradores após halving
Ademais, a desaceleração da inflação pode consolidar a intenção do Federal Reserve (Fed) de começar a reduzir as taxas de juros ainda este ano, o que favoreceria ativos de maior risco, como o Bitcoin.
Essa medida está para ocorrer já em setembro, com os traders atribuindo uma probabilidade de 84,6% para essa redução, segundo dados do CME FedWatch.
Este cenário pode ser especialmente oportuno para os investidores, considerando que a oferta de Bitcoin está se reduzindo após o evento de halving, pressionando os mineradores à medida que a dificuldade de mineração do ativo cresce.
Apesar do impacto negativo no sentimento dos investidores devido ao excesso de oferta proveniente dos credores da Mt. Gox e das vendas de Bitcoin na Alemanha, é improvável que isso supere a demanda por ETFs.
Desde seu lançamento em janeiro, os ETFs de Bitcoin à vista já acumularam aproximadamente US$ 15 bilhões em novos ativos líquidos. Contudo, esses fundos ainda não receberam aprovação para serem utilizados por grandes plataformas de gestão de patrimônio, como Morgan Stanley e Wells Fargo.
Matt Hougan, comentando sobre a situação, prevê que até o final deste ano, quando a aprovação for possível, “é provável que vejamos bilhões de dólares a mais sendo investidos”.
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