Bitcoin negociado na resistência de US$ 70 mil, enquanto mercado espera dados macro econômicos
O Bitcoin (BTC) apresentou queda nesta terça-feira (04/06) após brevemente ultrapassar a marca de US$ 70 mil na segunda-feira. Esse patamar de preço tem se mostrado uma resistência crescente, onde vendedores começam a vender e compradores aproveitam para realizar lucros. A criptomoeda Ether (ETH) também registrou queda, mesmo depois de uma valorização de mais de 20% em maio, impulsionada pela aprovação de seus ETFs spot nos Estados Unidos.
Os ETFs de Bitcoin à vista, comercializados nas bolsas americanas, apresentaram um saldo líquido positivo de US$ 105,1 milhões ontem, o maior desde 24 de maio. O destaque foi o FBTC, da Fidelity, que obteve um influxo de US$ 77 milhões, sem que nenhum dos fundos registrasse saldo negativo.
Influência dos dados econômicos dos EUA no Bitcoin e nas altcoins
Por volta das 10h (horário de Brasília), o Bitcoin registrava uma queda de 1,1% nas últimas 24 horas, cotado a US$ 68.877. Já o Ether, a moeda digital da rede Ethereum, caía 2,2%, alcançando US$ 3.752, de acordo com informações do CoinGecko. O valor de mercado combinado de todas as criptomoedas do mundo alcançou US$ 2,7 trilhões. Em moeda brasileira, o Bitcoin apresentava uma desvalorização de 0,86%, cotado a R$ 362.858, e o Ether recuava 1,35%, a R$ 19.817, conforme os dados do Mecado Bitcoin (MB).
Entre as altcoins, que são criptomoedas que não incluem o Bitcoin, Solana teve uma queda de 0,7% para US$ 165,29, o BNB (token da Binance Smart Chain) valorizou-se 2,2% chegando a US$ 646,02 e Avalanche registrou uma redução de 3,7% para US$ 34,78.
De acordo com Beto Fernandes, analista da Foxbit, boa parte da valorização recente do mercado de criptoativos é resultado de uma percepção de que o cenário macroeconômico está mais estável. Isso se dá especialmente após os últimos dados de inflação e de atividade econômica dos Estados Unidos divulgados na semana passada.
O PIB dos EUA teve um crescimento de 1,3% na segunda leitura do primeiro trimestre de 2024, abaixo dos 1,6% esperados pelos economistas. Além disso, o Índice de Preços de Gastos com Consumo (PCE) subiu 0,3% em abril, alinhado às expectativas, enquanto o núcleo da inflação teve um aumento menor que o esperado de 0,2%, comparado aos 0,3% projetados.
Decisões de juros do BCE e relatório de emprego dos EUA podem balançar o mercado de criptomoedas
No contexto atual de especulação de mercado, Fernandes aponta que existe uma percepção crescente de que o Fed dos EUA reduzirá as taxas de juros. Ele ressalta, no entanto, que eventos iminentes têm potencial para impactar significativamente os ativos de renda variável. Isso inclui as criptomoedas, tanto para valorização quanto para desvalorização. Entre esses dados macro está o Relatório de Emprego dos EUA, a ser divulgado na sexta-feira (07/06). E ainda a decisão sobre os juros pelo Banco Central Europeu (BCE), com anúncio na quinta-feira (06/06) às 9h15, horário de Brasília.
“Na zona do euro, há uma forte expectativa de que haja uma diminuição no aperto monetário”, enfatiza Fernandes.
Por outro lado, Fernando Pereira, analista da Bitget, utiliza a análise técnica para focar na importância do índice S&P 500 nesta semana. Por fim, ele observa que o índice atingiu um ponto crítico e que, caso se mantenha acima de 5.290 pontos, poderia disparar uma nova alta. Como resultado, isto influenciaria também a demanda por Bitcoin, que poderia ultrapassar seu recorde.
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