Bitcoin não consegue ficar acima de US$ 100 mil: entenda o motivo
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O Bitcoin, que chegou a formar um topo acima de US$ 102 mil na noite de segunda-feira (06/01), desvalorizou mais de 7% desde então. No fechamento deste artigo, o ativo era negociado pouco acima de US$ 95 mil, tendo perdido importantes níveis de suporte, que agora devem atuar como resistência.
Mas, o que motivou essa queda repentina? A análise a seguir busca abordar esse tema e antecipar os próximos movimentos da maior criptomoeda do mercado.
Fed prejudica o Bitcoin, mais uma vez
Os Estados Unidos, ou melhor, as eleições presidenciais do país foram o grande precursor da tendência de alta que culminou no Bitcoin registrando um novo recorde acima de US$ 108 mil em novembro do ano passado. No entanto, o país tem “prejudicado” o ativo nas últimas semanas. Mais espeficamente, o Federal Reserve.
A forte queda que o mercado cripto sofreu em dezembro coincidiu com decisões da instituição em relação à taxa de juros dos EUA, além de algumas declarações de seu presidente.
Agora, a queda atual ocorre após a divulgação de novos relatórios sobre a economia estadunidense. Os dados apontam para um aumento acima do esperado de novos empregos. Isso, por sua vez, elevou os rendimentos do Tesouro de 10 anos de referência para 4,699% – seu nível mais alto desde abril de 2024.
Isso levantou temores no mercado, visto que os investidores tendem a esperar que o Fed mantenha ou até mesmo aumente as taxas de juros em cenários como este, em vez de cortá-las.
Em resumo, isso fortaleceria o dólar, enquanto prejudicaria não apenas o Bitcoin, como ativos de renda variável. Não por acaso, ações de grandes companhias como Nvidia e Tesla também sofreram grandes golpes, como destacado pela Greeks.live:
O que vem a seguir?
O gráfico diário mostrava um cenário promissor para o Bitcoin antes de sua recente queda de preço. Isso porque o ativo havia finalmente rompido acima do padrão de consolidação entre os níveis de retração de 0,382 e 0,236 de seu último movimento de alta.
No entanto, o ativo voltou a ser negociado dentro do intervalo de preço entre US$ 92.600 e US$ 98.600, onde se encontram esses dois níveis.
Além disso, os indicadores técnicos se tornaram pessimistas. A média móvel exponencial (EMA) de 9 dias (azul) está em processo de cruzar abaixo da EMA de 21 dias (laranja). Se esse cruzamento for concluído, confirmaria que a tendência de curto prazo voltou a ser de baixa.
O Índice de Força Relativa (RSI) confirma este cenário. O indicador voltou a ficar abaixo de 50 – o que mostra que os vendedores são a força dominante no mercado.
Dessa forma, o cenário mais indica para as próximas horas ou dias é o Bitcoin seguir em queda para testar o nível de retração de 0,382, em US$ 92.624.
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