Bitcoin encerrou 2024 com US$ 19 tri em volume de transações
A rede Bitcoin finalizou mais de US$ 19 trilhões em transações em 2024, mais que o dobro dos US$ 8,7 trilhões liquidados em 2023.
O aumento marca uma recuperação significativa após dois anos de declínio nos volumes de transações desde 2021, de acordo com Pierre Rochard, vice-presidente de pesquisa da Riot Platforms.
Durante o mercado de alta de 2021, o volume de transações do Bitcoin atingiu o pico de US$ 47 trilhões, mas despencou drasticamente nos anos subsequentes.
“A rede Bitcoin finalizou mais de US$ 19 trilhões em transações de BTC em 2024, provando definitivamente que o Bitcoin é uma reserva de valor e um meio de troca”, disse Rochard.
ETFs de Bitcoin à vista reforçam o desempenho do BTC
O desempenho do Bitcoin em 2024 foi reforçado por eventos marcos importantes. Incluindo a aprovação de um fundo negociado em bolsa (ETF) de Bitcoin, o halving em abril e um preço recorde de aproximadamente US$ 108 mil.
Além disso, a segurança da rede também atingiu níveis sem precedentes. No dia 3 de janeiro de 2024, o hashrate do Bitcoin — uma medida do poder de computação que protege a rede — atingiu uma alta histórica de 1 mil exahashes por segundo (EH/s).
Embora mais tarde tenha se estabilizado em torno de 775 EH/s, o aumento ressalta o crescente comprometimento dos mineradores em todo o mundo.
Apesar da concentração geográfica de alguns pools de mineração, determinar com precisão o domínio do hashrate continua sendo um desafio.
A natureza descentralizada e pseudônima da mineração de Bitcoin significa que muitos mineradores contribuem anonimamente ou por meio de redes privadas virtuais (VPNs). Assim, mascarando suas verdadeiras localizações.
O crescimento do volume de transações, juntamente com sua crescente taxa de hash, reforça o papel do Bitcoin como reserva de valor. Além disso, o crescimento da adoção global destaca sua função como meio de troca.
EUA dominam mineração
No final de 2024, os Estados Unidos solidificaram sua posição como líder na mineração de Bitcoin. Assim, respondendo por mais de 40% da taxa de hash global.
Os pools de mineração Foundry USA e MARA Pool desempenharam um papel significativo, minerando coletivamente mais de 38,5% de todos os blocos de Bitcoin.
A Foundry USA aumentou sua taxa de hash de 157 exahashes por segundo (EH/s) no início do ano para aproximadamente 280 EH/s em dezembro.
Apesar desses avanços, os pools de mineração baseados na China continuam influentes. Controlando 55% da taxa de hash global em setembro de 2024, de acordo com o fundador da CryptoQuant, Ki Young Ju.
O domínio persiste apesar da proibição de mineração de criptomoedas na China em 2021. Com mineradores contornando restrições por meio de redes privadas virtuais (VPNs) e aplicativos ponto a ponto que contornam o firewall nacional.
No mês passado, a fabricante de hardware de mineração de Bitcoin Bitmain anunciou a expansão de suas operações de produção para os Estados Unidos, citando uma meta estratégica de melhorar a eficiência da cadeia de suprimentos.
A mudança ocorreu em meio à escalada de tensões comerciais entre a China e os EUA. Destacando, portanto, a crescente necessidade das empresas se adaptarem aos desafios geopolíticos.
Conforme relatado, a Block de Jack Dorsey também anunciou planos para aumentar os investimentos em sua iniciativa de mineração de BTC e carteira de Bitcoin de autocustódia.
Na época, a empresa disse que realocaria recursos de seu projeto cancelado “Web5”, TBD, e cortaria investimentos no serviço de streaming de música, Tidal, para dar suporte a essa mudança.
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