Bitcoin e Ethereum recuperam fôlego, mas voltam a cair com dados de inflação nos EUA

Na manhã desta quarta-feira (14/08), o Bitcoin iniciou o dia com uma valorização expressiva de 4%, no entanto, esses ganhos foram rapidamente dissipados. A correção veio após a divulgação de um aguardado relatório sobre a inflação nos Estados Unidos, que não atendeu às expectativas do mercado.
O Índice de Preços ao Consumidor (CPI), um importante indicador que mede a variação dos preços de uma vasta gama de produtos e serviços, registrou um aumento de 2,9% no acumulado dos últimos 12 meses até julho, conforme informou o Bureau of Labor Statistics. Os economistas, por sua vez, projetavam uma alta um pouco maior, de 3%.
Em uma análise mensal, observou-se um incremento de 0,2% nos preços ao consumidor em comparação ao mês anterior. Este aumento sucede uma queda nos preços que havia sido registrada em junho, a primeira desde maio de 2020.
Diante das novas estatísticas, o preço do Bitcoin mostrou grandes flutuações, chegando a negociar por cerca de US$ 61.200, ainda marcando um aumento de 3,9% nas últimas 24 horas, segundo dados do CoinGecko. Contudo, por volta das 10h30, a criptomoeda caiu, negociando a aproximadamente US$ 59.531.
Outras criptomoedas, como Ethereum e Solana, que também apresentavam ganhos superiores a 3,8% no início do dia, seguiram o mesmo padrão e viram seus ganhos “varridos”, negociadas a US$ 2.665 e US$ 147, respectivamente.
Perspectiva de corte nos juros nos EUA ainda traz esperança para o Bitcoin
O relatório divulgado também trouxe uma perspectiva otimista para a economia dos Estados Unidos, apontando que a inflação está finalmente caminhando em direção à meta de 2% estabelecida pelo Federal Reserve.
Essa tendência de desaceleração acaba sendo uma ótima notícia, especialmente considerando que a inflação havia alcançado um pico alarmante de 9,1% em junho de 2022.
Desde então, as taxas de juros elevadas têm exercido pressão sobre a atividade econômica, se refletindo principalmente nos custos mais altos de empréstimos. Isto, por sua vez, vem contribuindo para a queda da inflação, que em julho registrou o menor índice desde março de 2021.
Diante desse cenário, os traders mostram confiança de que o banco central dos EUA poderá finalmente relaxar sua política monetária. Espera-se que, no próximo mês, o Federal Reserve reduza suas taxas de juros, que atualmente estão nos níveis mais elevados desde 2007.
As especulações giram em torno de quanto será esse corte, com muitos apostando numa redução de 50 pontos-base, uma possibilidade estimada em 50% segundo a ferramenta CME FedWatch.
Além disso, o mercado de trabalho dos EUA apresentou um crescimento de empregos em julho mais fraco do que o esperado. Esta notícia acabou abalando os mercados globais e intensificando os temores de uma possível recessão.
Essa instabilidade foi tão significativa que chegou a derrubar brevemente o valor do Bitcoin para abaixo dos US$ 50.000, refletindo a sensibilidade do mercado de criptomoedas às flutuações econômicas globais.

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