Binance licenciada no Brasil: o que muda para os usuários?

A Binance, reconhecida como a maior exchange de criptomoedas do mundo em volume de negociações, anunciou nesta quinta-feira (2) que foi aprovada pelo Banco Central do Brasil para adquirir a licença Sim;paul.
Isso permite que a exchange opere como uma corretora licenciada no país, abrindo caminho para uma disponibilidade mais ampla de serviços de criptomoedas para os seus clientes locais.
A licença Sim;paul dá autorização para a distribuição de títulos e emissão de dinheiro eletrônico (EMI), adicionando uma nova camada de conformidade e legitimidade às atividades da Binance no Brasil.
“Estamos entusiasmados em anunciar nossa mais recente aprovação regulatória. O Brasil abriga uma comunidade dinâmica que está prontamente abraçando o futuro das finanças. Agradecemos aos reguladores locais por seu comprometimento em definir regras claras para esta importante e crescente indústria”, disse o CEO da Binance, Richard Teng.
A companhia indicou que medidas semelhantes foram tomadas na Argentina, Índia, Cazaquistão e outros países para expandir a adoção de criptomoedas ao redor do mundo.
Aumento da adoção de criptomoedas no Brasil
O Brasil está atualmente em 10º no Chainalysis Global Crypto Adoption Index, refletindo o interesse generalizado em ativos digitais em todo o país.
Nesse sentido, o Banco Central e a Receita Federal do Brasil introduziram uma estrutura regulatória que busca a contribuição pública de vários participantes do mercado, destacando a abordagem aberta do governo à supervisão de criptomoedas.
Além disso, o Congresso brasileiro está deliberando sobre projetos de lei federais sobre segregação de ativos e stablecoins. Com isso, busca moldar um ambiente favorável para iniciativas relacionadas a criptomoedas.
Em novembro, o congressista brasileiro Eros Biondini apresentou um projeto de lei propondo a criação de uma reserva nacional de Bitcoin. A proposta, chamada de “Reserva Estratégica Soberana de Bitcoins”, busca alocar até 5% dos US$ 372 bilhões em reservas internacionais do Brasil na criptomoeda.
Os defensores argumentam que essa medida pode reforçar a resiliência econômica do Brasil, ajudando a nação a lidar com flutuações cambiais e riscos geopolíticos.
Mais brasileiros investindo em criptomoedas
Uma pesquisa recente conduzida pelo principal regulador do país revelou que mais brasileiros investem, negociam ou mantêm Bitcoin e altcoins do que nunca.
Dessa forma, as descobertas mostram que muitos participantes dedicam entre 7% e 35% de seus fundos a criptoativos.
Nesse sentido, o crescente engajamento do Brasil com criptomoedas aponta para uma maior conscientização pública, uma estrutura regulatória de suporte e interesse contínuo em finanças digitais entre os investidores locais.

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