Banco JPMorgan revisa metas de preço para mineradoras de BTC

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A alteração impacta diretamente nas estimativas de lucros obtidos com a atividade.
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Um dos maiores bancos privados do mundo tomou uma decisão que deve impactar diretamente na mineração do Bitcoin. Depois da divulgação dos números do segundo trimestre de 2024, o banco JPMorgan decidiu revisar as suas estimativas de preço para as mineradoras.

As opções do banco foram anunciadas em um momento bastante instável do mercado. O preço do BTC tem oscilado bastante e especialistas estão apontando caminhos controversos. No entanto, existe a expectativa de que o ativo siga com nível de resistência próximo aos US$ 60 mil nos próximos meses.

Outro fator determinante na decisão do banco é o aumento da taxa de hash da rede BTC. A alteração impacta diretamente nas estimativas de lucros obtidas com a atividade.

Relatório divulgado pelo JPMorgan impulsionou a decisão de revisar as metas de mineração

O banco divulgou um relatório com dados dos últimos meses na sexta-feira, dia 23 de agosto. Nesse documento, os especialistas do banco fizeram uma análise detalhada dos últimos movimentos do mercado digital, especialmente com relação ao BTC. Além disso, os signatários do documento também buscaram traçar projeções para os próximos preços do ativo. Assim, as decisões tomadas estão alinhadas com os lucros que devem ser obtidos pelo banco.

Em regra, o JPMorgan traça metas para a venda de tokens BTC e também valores pagos por tokens minerados. No último relatório, a projeção era de que cada token pudesse ser comercializado por cerca de US$ 68 mil. No entanto, devido às baixas recentes, a nova estimativa aponta para o valor máximo de US$ 60 mil.

O relatório sugere mudanças também no campo da mineração

Com relação à mineração, o relatório também contou com uma atualização de metas para as taxas. Isso porque o custo de operação da rede BTC está ficando mais caro. O valor subiu de 600 exahash por segundo (EH/s) para 615. Essa mudança tem impacto direto no lucro bruto dos mineradores, que devem perceber a redução de rendimentos em breve.

As impressões do banco com relação a algumas mineradoras também chamou a atenção no decorrer do relatório. Isso porque, por mais que tenha reduzido a meta de preços, o banco também identificou algumas oportunidades de melhora e aumento de desempenho.

O levantamento do banco apontou que a mineradora Riot Plataforms (RIOT), por exemplo, apresentou melhoras consideráveis no tempo de atividade depois de instalar mineradores resfriados por imersão. Essa é uma mineradora de BTC norte-americana que tem um dos melhores desempenhos do mercado, sendo destaque no setor operacional e financeiro.

Além disso, o banco manteve a atenção voltada para outras mineradoras, como a Iris Energy (IREN) e a Marathon Digital (MARA). Houve também uma indicação de sentimento neutro com relação a Cipher Mining (CIFR) e CleanSpark (CLSK).

Oscilações recentes do BTC atraíram a decisão do JPMorgan e determinam outras movimentações do mercado

O preço do Bitcoin passou por uma ligeira retomada. O token deixou a zona de resistência que estava na casa dos US$ 60 mil e aumentou 8,8% na última semana. Mesmo com essa reação positiva, os investidores ainda não estão convencidos de que o token pode ter reais crescimentos ainda esse ano.

Isso acontece porque o ativo teve o preço bastante dinâmico até agora. O BTC começou o ano disparando, impulsionado pela liberação dos ETFs de BTC aguardados há muito tempo. Depois disso vieram alguns períodos de baixa e correção de preço. Ocorre que uma nova dinâmica de aumento aconteceu perto de abril, em decorrência das expectativas em torno do halving do token.

O período de queima também não entregou o resultado esperado pelos especialistas e investidores. Logo após o evento, o preço do token voltou a cair, preocupando os investidores.

Essa movimentação teve peso na decisão do JPMorgan em reavaliar as metas para o próximo trimestre. Além disso, os valores do BTC são parâmetros para avaliar o mercado como um todo. Isso porque, as altcoins são impulsionadas ou não pelo Bitcoin e os investidores usam o ativo como base para apostar mais ou menos nas criptomoedas.

Crises econômicas e outros fatores que têm relação direta com atual cenário de baixas

A baixa geral de preço do BTC e demais criptomoedas resulta de uma série de fatores. Grande parte deles é externo ao mercado. Uma das principais influências no momento é a crise econômica que assola os Estados Unidos. O país, que conta com uma grande expressividade no setor de investimentos, está passando por um momento delicado.

Os juros no país estão mais altos, impactando diretamente o custo de vida da população e diminuindo o potencial de investimento dos cidadãos. Isso resulta da manipulação dos índices para controlar a inflação, que está bastante alta. No entanto, existe a expectativa de que a situação se normalize em breve. Isso porque o FED divulgou que pretende baixar a taxa de juros em breve.

Contudo, outros fatores podem continuar impactando o mercado. Dentre os quais está a eleição presidencial norte-americana. Dependendo do resultado, o mercado de criptomoedas pode ter mais incentivos ou mais obstáculos. Os dois principais candidatos são opostos com relação aos ativos digitais, enquanto Donald Trump é um entusiasta, os especialistas esperam que Kamala Harris seja mais conservadora.

Isso quer dizer que até o resultado efetivo das urnas, há uma tendência de que os investidores se mantenham receosos.

Projeções dos especialistas para o segundo semestre de 2024

No mercado em geral, o segundo semestre deve ser de instabilidade. Sobretudo em razão dos fatores citados anteriormente. Até que seja definida a nova presidência nos Estados Unidos e que os efeitos da crise melhorem, os preços dos ativos devem seguir com crescimento bastante brando.

No Brasil, existe uma expectativa de um cenário mais movimentado, não necessariamente para melhor. A regulamentação das criptomoedas deve ter avanços importantes, especialmente no Congresso Nacional. Além disso, consultas públicas devem ser feitas pelo Banco Central (BACEN) e pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para orientar as novas medidas.

A Receita Federal (RFB) também deve trabalhar para alinhar os novos parâmetros de cobrança de impostos e fiscalização das corretoras, especialmente as estrangeiras. Portanto, o período deve ser de adequação e alguma instabilidade.

A partir do começo de 2024, existe uma tendência de que o mercado brasileiro passe por um período de crescimento. Isso porque a regulamentação tem potencial para trazer mais segurança para os investidores e também para atividades como a mineração.

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