Agência da Rússia acusa cientista de traição por ‘enviar criptomoedas para a Ucrânia’

O FSB da Rússia, o Serviço Federal de Segurança do país, acusou um cientista de Moscou de “traição”. Isso porque ele supostamente enviou criptoativos para as Forças Armadas da Ucrânia. Em um comunicado oficial do FSB e em um relatório do Vedomosti, a agência explicou que seus agentes detiveram “um funcionário de uma organização científica em Moscou”.
Em suma, os policiais alegaram que o cientista não identificado “transferia regularmente seus fundos pessoais e criptomoedas” para carteiras operadas pelo exército ucraniano.
FSB da Rússia: Cientista enviou criptomoedas e ajudou a lançar ataques DDoS
Os agentes alegaram que o homem “participou de ataques DDoS a uma crítica estrutura digital russa”. Para quem não sabe, um ataque DDoS (Negação de Serviço Distribuída) envolve invasores inundando servidores com tráfego, assim, geralmente derruba sites ou impede que usuários da web os acessem.
O FSB não forneceu detalhes sobre a quantidade de criptomoedas que o cientista supostamente enviou, nem que tipo de moedas o homem usou. Além disso, a agência omitiu o nome das instituições científicas onde o homem supostamente trabalhava.
Ademais, também se recusou a nomear a “estrutura russa crítica” que, segundo eles, sofreu o ataque DDoS.
“O Serviço Federal de Segurança da Federação Russa abriu um processo criminal contra um funcionário de uma organização científica com base em um crime sob […] o Código Penal da Federação Russa.”
Centro de Relações Públicas, FSB
O crime em questão é classificado pela lei russa como “alta traição”, informaram meios de comunicação em 22 de agosto. Os policiais disseram que o suspeito “estabeleceu contato com representantes dos serviços especiais da Ucrânia”.
O FSB alegou que, seguindo “instruções” de agentes ucranianos, ele “realizou ataques DDoS em instalações russas de importância crítica”.
A agência disse que os objetivos do homem envolviam “prejudicar a segurança da informação da Federação Russa”. E o FSB disse que o homem também “coletou informações sobre militares russos e a movimentação de equipamentos militares”.
Por fim, os policiais alegaram que as doações de criptomoedas do homem foram usadas “na Ucrânia para a compra de armas e equipamentos militares para as Forças Armadas da Ucrânia”.
Segundo agentes, suspeito fez uma confissão
O FSB disse que o homem havia fornecido aos policiais uma “confissão”. Eles concluíram que haviam mantido os cientistas “sob custódia como medida preventiva”.
Desde o início da guerra com a Ucrânia, o FSB acusou vários indivíduos de traição por suposto apoio a Kiev. Só para exemplificar, em 2023, o FSB acusou um indivíduo da região do extremo leste de Khabarovsk Krai de crimes relacionados a criptomoedas.
E o Sberbank da Rússia alegou no ano passado que mais de US$ 5 milhões em criptomoedas foram enviados de carteiras russas para destinatários na Ucrânia desde o início do conflito.
Um membro da indústria de criptomoedas ucraniana que pediu para permanecer anônimo disse ao Cryptonews que o uso de criptomoedas está “aumentando muito” tanto na Rússia quanto na Ucrânia.

Leia mais:
- O que o segundo ETF Solana Spot do Brasil significa para o preço do token SOL
- Baleia cripto perde US$ 55,4 milhões em stablecoins Dai em ataque de phishing
- Trust Wallet lança plataforma de educação gamificada sobre Web3, com recompensas






