Criptomoedas e ações: Brasil pode ter 18 milhões de novos investidores em 2025

O ano de 2025 pode marcar um novo capítulo no mercado financeiro brasileiro, tanto para criptomoedas como para ações. A pesquisa Raio X do Investidor Brasileiro, realizada pela ANBIMA em parceria com o Datafolha, revela um dado promissor: 18 milhões de brasileiros e brasileiras pretendem começar a investir ainda este ano.
Hoje, cerca de 59 milhões de pessoas no país já aplicam recursos em produtos financeiros. No entanto, 14 milhões cogitam parar de investir em 2025. Desse modo, mesmo com essa possível saída, o saldo tende a ser positivo.
Assim, a projeção aponta para um aumento de quatro milhões de novos investidores líquidos, o que elevaria a participação da população investidora de 37% para 39%.
A segurança financeira lidera as motivações para começar a investir, segundo 48% dos entrevistados que ainda não aplicam. Na sequência, 30% apontam o consumo como objetivo. De acordo com a pesquisa, outros querem investir para abrir ou expandir um negócio próprio (7%) ou melhorar a qualidade de vida (5%).
Para quem já investe ou pretende continuar, o retorno financeiro continua sendo o maior atrativo, com 33% das menções. Em segundo lugar vem a sensação de segurança (23%). A facilidade na aplicação aparece logo atrás, com 14%. De forma interessante, aumentou de 6% para 9% o número de pessoas que investem para montar uma reserva.

Novos investidores em criptomoedas e ações no Brasil
Segundo Marcelo Billi, superintendente de Sustentabilidade da ANBIMA, o retorno financeiro e a segurança são fatores complementares. Dessa forma, eles reforçam a percepção de proteção patrimonial entre quem já conhece o mercado de investimentos.
Apesar da boa expectativa para 2025, o ano anterior decepcionou. A edição de 2023 da pesquisa previa um crescimento de quatro pontos percentuais no número de investidores em 2024. Porém, a taxa permaneceu em 37%, sem avanço.
Billi atribui essa estagnação a fatores como os juros altos e o endividamento das famílias. “Essas condições dificultam a formação de uma poupança e mostram a importância da educação financeira”, afirmou.
A pesquisa da Ambima ouviu 5.846 pessoas de diferentes classes sociais e regiões do país, entre os dias 4 e 22 de novembro de 2024. Os resultados, com margem de erro de um ponto percentual, ajudam a desenhar o perfil e as expectativas do investidor brasileiro em 2025.
Se as intenções se confirmarem, o país pode dar um salto importante na democratização do acesso ao mercado financeiro — com mais inclusão, planejamento e consciência sobre o dinheiro.

Leia mais:






